Cada um começa a ter a sua vida cada vez mais independente, cada um vai trazendo para o núcleo os seus elos significativos, quer sejam pessoas, coisas, hábitos, rotinas.

Cada um vai integrando projetos e anseios e é giro ir vendo, como mãe observadora que vai intervindo cada vez menos, a forma como se reorganizam. E como resignificam a relação de irmãos, continuando a priorizá-la sempre e a dar-lhe a primeira senha no atendimento contínuo que vão fazendo das solicitações. E aqui incho de orgulho de “mãe-que-sente-que-a-maior-e-única-herança-que-lhes-vai-deixar”, que é a sua relação amorosa de irmãos, está assegurada.

Mas alerto. O estar à partida assegurada, não implica ser garantida. Nada está garantido se não for priorizado, acautelado, mimado, situado e contextualizado na vida louca que todos temos, cada um à medida própria.

E este meu sentido de alerta de mãe que agora observa mais do que intervém, devolve-me também a mim a aprendizagem de uma nova fase da vida: opinar, aconselhar, sugerir, acautelar na retaguarda e acolher, mantendo uma identidade que é minha e é a de mãe, mas dar espaço, observar, ficar agora num plano em que já não sou eu quem decido, podendo correr o risco de não ter o resultado que se quer. Só assim se cresce. Como filhos, mas também como mãe.