A Ordem Terceira de Nossa Senhora do Monte do Carmo de Faro promoveu entre 7 e 16 deste mês as celebrações em honra da padroeira.
O programa de festas promovido, de 7 a 16 deste mês, teve início com a novena, de 7 a 15, pelas 21.30h na igreja do Carmo, com o tríduo preparatório da festa com pregação de 13 a 15 deste mês, sendo constituído no dia 13 pela imposição de escapulários a devotos da padroeira, no dia 14 pela admissão de noviços e no dia 15 pela profissão admissão à ordem.
No passado dia 16 houve celebração da eucaristia pelas 9h e pelas 19h com participação da GNR, que tem Nossa Senhora do Carmo como padroeira, seguindo-se a procissão por algumas das principais ruas da baixa farense.
Na eucaristia que antecedeu o cortejo, o frei Pedro Bravo, da Ordem do Carmo, que presidiu às festividades, lembrou que Maria se associou ao “ato redentor” de Cristo, mesmo tendo que suportar uma enorme dor. “Quis suportá-la por amor a cada um de nós, para que cada um de nós a pudesse chamar de Mãe com a mesma confiança, alegria, afeto familiar, proximidade, à-vontade, com o mesmo dom, confiança e entrega com que fez Jesus ao longo de toda sua vida”, complementou.
O sacerdote afirmou que “Maria tem uma identidade e uma personalidade própria que faz dela uma cooperadora livre, responsável, com iniciativa própria, com atitudes e gestos pessoais criativos, empenhados, atentos, disponíveis, mediadores na história da sua existência e na história dos outros”. “Encontramos Maria sempre atenta, como alguém que se pergunta e interroga para responder na sua plena liberdade, afirmando a sua plena responsabilidade e cooperação desde a anunciação”, sustentou.
“Quando Maria vem há logo um toque de humanidade que nos faz sentir em casa e parte de uma grande família de Deus e humana”, acrescentou, lembrando a coragem junto à cruz. “Quando todos fogem, Maria está lá. Maria é a aurora da graça que anuncia os tempos novos da salvação”, destacou, lembrando que o exemplo da Virgem é um desafio e um ensinamento. “Como Maria, também nós somos chamados a cooperar nesta missão da salvação, a acolhermos a palavra do Senhor, a deixá-la crescer em nós, a criar novas relações como aconteceu com Maria e com José. Maria é uma Mãe que continua a preceder-nos e a acompanhar-nos ao longo da nossa vida e a ensinar-nos a ser como ela: alguém que se confia plenamente no Senhor, conhece o seu amor e se entrega forçosamente para cooperar na sua obra de salvação”, concretizou.
A eucaristia, na qual se lembrou que Maria é evocada no Carmelo como “Estrela do Mar”, terminou com a consagração a Nossa Senhora do Carmo.
A procissão com o Santo Lenho e a imagem de Nossa Senhora do Carmo foi participada pelas principais entidades oficiais da cidade, tendo a GNR disponibilizado um pelotão de praças que transportaram o andor e o pálio. O cortejo, que contou também com a participação da Banda da Associação Filarmónica de Faro, fez uma paragem à frente do quartel do Destacamento Territorial de Faro da GNR para saudação a Nossa Senhora e a procissão terminou com um agradecimento do frei Pedro Bravo e vivas à Virgem no regresso à igreja.