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Foto © Samuel Mendonça

A Ordem Terceira de Nossa Senhora do Monte do Carmo de Faro promoveu entre 7 e 16 deste mês as celebrações em honra da padroeira.

O programa de festas teve início na igreja de Nossa Senhora do Carmo no passado dia 1 de Julho com o concerto dedicado ao culto mariano com a participação do barítono Rui Baeta, acompanhado ao órgão por André Ferreira, e do coro juvenil do Coral Ossónoba.

As festividades tiveram continuidade com a novena, de 7 a 15 de julho, pelas 21.30h na igreja de Nossa Senhora do Carmo, com o tríduo preparatório da festa com pregação de 13 a 15 daquele mês, sendo constituído no dia 13 pela imposição de escapulários a devotos da padroeira, no dia 14 pela admissão de noviços e no dia 15 pela profissão admissão à ordem.

No passado dia 16 houve celebração da eucaristia pelas 9h e pelas 19h com participação da GNR, que tem Nossa Senhora do Carmo como padroeira, seguindo-se a procissão por algumas das principais ruas da baixa farense.

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Foto © Samuel Mendonça

A eucaristia que antecedeu o cortejo foi presidida pelo cónego Carlos César Chantre, o pároco da paróquia de São Pedro de Faro, da qual faz parte a Ordem Terceira de Nossa Senhora do Monte do Carmo, mas a homilia foi proferida pelo frei Pedro Monteiro, da Ordem do Carmo, que presidiu depois à procissão.

O sacerdote carmelita lembrou as muitas evocações de Nossa Senhora, mas deteve-se naquela que considerou a sua principal caraterística: Mãe. “O título que melhor assenta a Maria é mãe porque foi isso que ela foi a sua vida inteira depois de ter dado o seu ‘sim’ a Deus quando o anjo lhe apareceu, anunciando o nascimento de Jesus”, considerou.

“Às vezes temos dificuldade em olhar para Maria como uma pessoa normal porque a vemos enfeitada em cima de um altar ou de um andor, mas Maria era uma mulher normal, foi uma mãe normal que cuidou do seu filho com algumas dificuldades com certeza”, prosseguiu, lembrando que Maria permaneceu junto de Jesus até ao fim. “Se pensarmos em Maria como mãe, vamos olhar para ela de maneira diferente”, “não como uma rainha, distante dos seus filhos, diante da qual temos de nos ajoelhar, mas como uma mãe que derrama as suas graças sobre nós e estende as suas mãos para que vamos ao encontro dela”, sustentou, sublinhando a “particularidade” de Nossa Senhora: “ela sempre nos aponta para o seu filho Jesus”, destacou.

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Foto © Samuel Mendonça

No final da homilia, na qual pediu que se olhe mais vezes para Maria como “mãe de ternura” e de “carinho”, declamou um poema de José Régio dedicado a Nossa Senhora.

Após a eucaristia, participada também pelo diácono Luís Galante que terminou com a consagração a Nossa Senhora do Carmo, realizou-se a procissão com o Santo Lenho e a imagem de Nossa Senhora do Carmo que contou com a participação da banda da Sociedade Filarmónica Artistas de Minerva de Loulé.

O préstito, com o andor e o pálio transportados por um pelotão de praças da GNR e por elementos do Moto Clube de Faro, contou também com a participação das principais entidades oficiais da cidade, tendo feito uma paragem à frente do quartel do Destacamento Territorial de Faro da GNR para saudação a Nossa Senhora.