
A Igreja, e particularmente a Ordem dos Carmelitas Descalços, celebrou no passado domingo a festa de Santa Teresa de Jesus (1515-1582), fundadora do Carmelo Descalço, também conhecida como Santa Teresa de Ávila (Espanha).

No Algarve, a solenidade foi celebrada na comunidade das Carmelitas Descalças, no mosteiro algarvio de Nossa Senhora Rainha do Mundo, no Patacão, no concelho de Faro.

Na eucaristia, a que presidiu na capela daquele mosteiro, o vigário geral da Diocese do Algarve destacou que “os santos aprofundam a espiritualidade da Sagrada Escritura”. “Nós todos enfrentamos as trevas, mas alguns de nós conseguem ultrapassar as trevas porque fazem um exercício interior de tal forma que a luz que está no seu interior se sobrepõe às trevas que possam envolver a sua mente. Por isso, os santos são tão venerados por nós”, afirmou o cónego Carlos César Chantre, considerando que Santa Teresa de Ávila “exercitou bem” a oração.

O sacerdote lembrou que a santa carmelita, que considerou “um tesouro para a Igreja”, morreu a balbuciar a frase “morro porque não morro”. “Só um estado de espírito muito elevado pode fazer esta afirmação”, considerou, passando a explicar o seu sentido: “É o físico que morre, mas não o espírito porque o espírito já se sobrepôs ao físico, já está na plenitude com Deus”. “Durante todos os séculos encontramos filhos de Deus que tentam pôr em prática isto. E, entre nós, de certeza que há gente que tenta pôr em prática isto. Umas vezes conseguimos e outras não conseguimos, mas se estivermos enxertados no corpo místico de Cristo, a graça de Deus supera a nossa fragilidade”, acrescentou.

A celebração contou com a presença de uma relíquia de Santa Teresa de Jesus.

Teresa de Ávila nasceu a 28 de março de 1515 e, após ter entrado no convento carmelita de Nossa Senhora da Encarnação, promoveu a renovação da Ordem do Carmo, tendo fundado o primeiro convento da nova família carmelita descalça em 1562, dia em que Teresa mudou de hábito e começou a chamar-se Teresa de Jesus.
