A forte ondulação e o vento que hoje se fazem sentir no Algarve estão a impedir as buscas por mar aos pescadores de Olhão desaparecidos na segunda-feira, disse à Lusa fonte da Zona Marítima do Sul.
Segundo a mesma fonte, durante o dia de hoje as buscas deverão ser apenas feitas por terra, com agentes da Polícia Marítima a pé e apoiados por veículos motorizados, devido às “condições extremamente adversas” resultantes da ondulação e do vento de sudoeste “muito fortes”.
O comandante da Zona Marítima do Sul afirmou que o estado do mar “quase de certeza que não irá permitir” a retoma das buscas marítimas no dia de hoje, mas sublinhou que está a ser vigiada toda a orla costeira entre a ilha da Culatra, frente a Olhão, e Albufeira, numa extensão aproximada de 40 quilómetros.
Aquele responsável disse ainda que está uma embarcação salva-vidas em prontidão, em Olhão, que intervém nas buscas caso, a partir de terra, haja algum avistamento ou indício do paradeiro da embarcação e dos pescadores.
O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) emitiu um aviso laranja para o distrito de Faro para a agitação marítima com ondas de 2,5 a 3,5 metros até às 11:59 de hoje, passando depois a amarelo até às 17:59.
Contudo, o comandante Malaquias Domingues apenas antecipa melhorias no estado do mar no Algarve para sexta-feira.
Ontem, as buscas foram suspensas ao pôr-do-sol sem que tenha sido avistado qualquer indício, mas fonte da Polícia Marítima de Olhão disse à Lusa que vai ser feita uma avaliação de destroços que apareceram na ilha de Culatra e em Faro. “Temos de analisar se são da embarcação”, declarou.
De acordo com o comandante da Capitania do Porto de Faro. Malaquias Domingues, as buscas envolveram meios aéreos, terrestres e marítimos, mas “a partir das 13:00 o agravamento das condições impediu a continuação do patrulhamento no mar”, tendo a operação sido reduzida ao “patrulhamento da orla costeira, com a afetação de 12 agentes da polícia marítima”.
As buscas mobilizaram um helicóptero, duas lanchas de fiscalização rápida, dois navios e cerca de 50 homens, entre os quais um grupo de mergulhadores forenses da Polícia Marítima.
Dois pescadores de Olhão, de 58 e 35 anos, e uma embarcação de pesca local, com cerca de seis metros de comprimento, estão desaparecidos desde segunda-feira à tarde e as buscas têm sido feitas na costa entre a Culatra e Albufeira.
A última vez que os dois pescadores foram avistados foi na segunda-feira de manhã, cerca das 07:00, em frente à zona da barrinha, entre a ilha de Faro e a Deserta.
com Lusa