
A Igreja algarvia fará a abertura do Ano da Vida Consagrada no próximo dia 30 deste mês com uma celebração da eucaristia, presidida pelo bispo do Algarve, pelas 16h na Sé de Faro.
Recorde-se que, por decisão do Papa Francisco, o ano de 2015 será dedicado à vida consagrada que fez esse anúncio há um ano. Prolongando-se em toda a Igreja de 30 de novembro de 2014 a 2 de fevereiro de 2016, o Ano da Vida Consagrada é um dos acontecimentos eclesiais inspiradores do programa pastoral da Diocese do Algarve terá então três objetivos: “fazer memória agradecida do passado, abraçar o futuro com esperança, viver o presente com paixão”.
Na dia abertura do Ano da Vida Consagrada, os religiosos a trabalhar na diocese irão participar num encontro reflexivo que terá lugar no Colégio de Nossa Senhora do Alto, em Faro, a partir das 9.30h.
O encontro, promovido pelo Secretariado Regional do Algarve da CIRP – Conferência dos Institutos Religiosos de Portugal, contará com a reflexão do padre Alberto Brito, jesuíta, sobre o tema “Vida Consagrada. Um projeto de Santidade para hoje?”. Depois do almoço, e após a intervenção da CIRP, os religiosos tomarão parte na eucaristia presidida na catedral por D. Manuel Quintas.
Em circular enviada ao clero algarvio, o Secretariado Regional da CIRP refere que “os religiosos presentes nesta Diocese não querem deixar passar este ano despercebido das comunidades paroquiais”. “Por isso, muito nos alegraria que cada pároco e demais clero, na sua atividade pastoral, realçasse esta vocação específica dada como dom especial à vida da Igreja”, escrevem os religiosos, lembrando que muitos “cooperam em diversas paróquias e daí que a comunidade paroquial deva louvar o Senhor por este dom com que a enriqueceu”. Os consagrados consideram então que “urge sublinhar esta vocação à vida religiosa nas diferentes comunidades”.
Ao longo do ano, o Secretariado Regional da CIRP irá promover várias iniciativas.
No ano pastoral de 2013/2014 existiam no Algarve 21 comunidades religiosas constituídas por 86 consagrados.
A crise de vocações consagradas que vive toda a Igreja tem-se sentido também no Algarve e agravado na última década. Ao nível dos institutos religiosos femininos, dos sete que desde 2003 tiveram que fechar comunidades no Algarve, três saíram mesmo da diocese, alguns deles com uma presença que vinha de há mais de um século.