Terminou na noite da última segunda-feira, 01 de dezembro, o Convívio Fraterno 1487, promovido pelo Movimento dos Convívios Fraternos (MCF) da Diocese do Algarve.

Foto © Samuel Mendonça/Folha do Domingo
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A iniciativa para jovens maiores de 17 anos, promovida e dinamizada pela equipa diocesana do MCF, teve início no passado dia 28 de novembro e terminou na segunda-feira no complexo paroquial das Ferreiras, depois de três dias vividos na Casa de Retiros de São Lourenço do Palmeiral.

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O encontro, que procurou ajudar no primeiro apelo à fé, contou com 24 participantes oriundos das paróquias de Alvor, Bensafrim, Ferreiras, Fuzeta, Lagos, Mexilhoeira Grande, Paderne, São Luís e Sé de Faro, Silves e Tavira.

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Como sempre acontece, o encerramento, que contou com testemunhos e também sketches, intervenções reflexivas e músicas da autoria dos novos convivas, incluiu a celebração da Eucaristia, que desta vez foi presidida pelo assistente espiritual do MCF, o padre António de Freitas, uma vez que o bispo do Algarve se encontrava doente com a recomendação médica de permanecer em casa. Os participantes foram unânimes em destacar a transformação nas suas vidas provocada por aquela experiência.

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No encerramento, o padre António de Freitas transmitiu aos novos convivas a mensagem de D. Manuel Quinta. “O senhor bispo envia para cada um de vocês um abraço, pedindo-vos que não desistam de se agarrarem a Jesus Cristo para encontrarem sempre o sentido da vossa vida”, referiu.

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O assistente espiritual começou por realçar que “participar num Convívio Fraterno é sempre um dom e uma graça muito grande”. “Porque, não obstante termos uma missão específica e estarmos para servir, sentimos sempre, como sacerdotes, que recebemos muito porque acabamos por ver como Deus trabalha nos corações destes jovens e como atua através daqueles que estão ao serviço de deles. Neste caso, as várias equipas”, declarou, considerando que “cada Convívio Fraterno é sempre uma grande bênção”.

Foto © Samuel Mendonça/Folha do Domingo
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O sacerdote constatou que os participantes num Convívio Fraterno “ao fim de três dias, saem diferentes”. “Essas diferenças têm que ser acolhidas. Quer nas paróquias, quer nas famílias, é importante que os acolham com entusiasmo, com alegria, com a mudança que eles trazem no seu coração, com o desejo, se calhar, de mudar o mundo”, pediu, exortando os familiares e as paróquias a “saber acolher e a dar-lhes o alento necessário para continuarem este caminho de transformação das suas vidas a partir de Jesus e em Igreja”.

Foto © Samuel Mendonça/Folha do Domingo
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“Não se preocupem em colocá-los a fazer muitas coisas porque aquilo que é a grande batalha do Convívio Fraterno é descobrir quem somos e quem somos para Deus. Se calhar, a primeira grande tarefa que depois do Convívio Fraterno têm que se fazer é acompanhá-los e ajudá-los a redescobrir a questão de serem amados por Deus e serem discípulos de Jesus porque só depois de aprofundarmos quem somos é que podemos fazer com ardor e com fervor aquilo que Deus nos pede, a fim de edificar a Igreja e com a Igreja ser sinal de Deus no meio do mundo”, prosseguiu.

Foto © Samuel Mendonça/Folha do Domingo
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Dirigindo-se diretamente aos novos convivas advertiu-os a “não cair na ilusão de pensar que está tudo feito e que está tudo conquistado”. “Depende também de vocês continuarem com esta alegria de se sentirem amados por Deus”, acrescentou, exortando-os a continuarem ligados a Jesus e fazendo da Eucaristia um “lugar onde encontram sempre a força de que se alimentam”. “Ele nunca vai desistir de vocês. Por isso, não sejam vocês os primeiros a desistir de vocês próprios. Deixem-se convencer por Jesus, deixem-se amar por Ele. E mesmo que às vezes, no mundo lá fora, vos digam o contrário ou que nas vossas comunidades cristãs o testemunho de alguns cristãos não diga isso, acreditem que Deus vai amar-vos sempre e nunca vai desistir de nenhum de vocês. Sejam felizes e que agora, tendo sido tão abençoados por Jesus e por Deus neste Convívio Fraterno, façam das vossas vidas uma bênção para as vossas famílias, para as vossas paróquias e para tantos jovens que andam à procura de sentido para a vida. Vocês agora podem dizer-lhes que o sentido só se encontra numa pessoa que é Jesus Cristo”, concluiu.

Foto © Samuel Mendonça/Folha do Domingo
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O padre Bruno Valente, um dos vários sacerdotes presentes no encerramento, também incentivou os novos convivas a uma nova etapa das suas vidas. “Nas vossas paróquias todos estão à vossa espera para que possam levar esta herança com mais entusiasmo e alegria àqueles que cruzam a vossa vida. Por isso, não tenham medo. Todos os que estamos aqui estamos à espera de receber os frutos desse encontro tão bonito com Jesus que tiveram. Força! Estamos mesmo à vossa espera”, afirmou.

Foto © Samuel Mendonça/Folha do Domingo
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Na Eucaristia, o padre António de Freitas lembrou-lhes a onda de oração que sustentou aquele Convívio Fraterno. “Houve muita gente que rezou por vocês continuamente nestes dias (e, se calhar, já alguns dias antes ou, quem sabe, meses antes) para que aceitassem este convite. Houve gente que vos acompanhou, que intercedeu junto de Jesus e que lhe pediu: «Toca, cura, salva este ou esta jovem». E o Senhor acolheu as suas súplicas. O Senhor tocou as vossas vidas pela força do seu amor e da sua palavra e transformou os vossos corações. Não foi A, B ou C que vos salvou, que vos convidou. Quem vos convidou, quem vos chamou e foi tocando o vosso coração e moldando tudo foi Jesus”, afirmou.

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“Não queiram viver nunca sem Jesus”, advertiu aquele responsável, acrescentando: “Quando houver algum drama na vossa vida não procurem nos outros a solução, na internet a resposta, não procurem aqui ou acolá a solução para o vosso problema. Vão até Jesus que vos ama. Vão sempre até Jesus que vos acolhe, que é aquele que tem sempre resposta para todas as nossas inquietações. Que este Jesus, que vos colocou a cada um ao centro da sua vida nestes três dias, seja o mesmo Jesus que agora vocês querem colocar ao centro das vossas vidas para que elas nunca mais percam a luz brilhante que nestes dias o Senhor Jesus ajudou a recuperar. Só em Jesus seremos felizes. Só em Jesus a nossa vida será plena. A Igreja conta convosco e vocês contam sempre e sobretudo com Cristo e com a Igreja”, concluiu.

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O padre António de Freitas referiu-se ainda à renovação do movimento e o encerramento do Convívio Fraterno 1487 ficou ainda marcado pela despedida de Filipe Silva da equipa coordenadora do Algarve que “serviu o movimento” ao longo dos últimos 13 anos. “Queremos agradecer-te, Filipe, por amares Cristo, por procurares servir-lo com a tua vida e pelo grande amor que tens à Igreja que sempre manifestaste no Movimento dos Convívios Fraternos e noutras ações e serviços que tens na tua paróquia e na nossa Igreja Diocesana”. Obrigado por tudo aquilo que fizeste por tantos e tantos jovens a quem falaste, a quem acolheste, a quem escutaste, a quem testemunhaste, para quem foste sinal de Deus. Que o Senhor continue sempre a iluminar-te. Que nunca baixes a guarda na tua entrega generosa e fiel a Jesus e no amor que tens à sua Igreja. Só ele saberá como ninguém recompensar-te pelo bem que fizeste na nossa Igreja Diocesana”, afirmou o assistente.

O Convívio Fraterno contou ainda com a colaboração do padre Samuel Camacho.