Os cristãos católicos e greco-católicos, anglicanos, luteranos e ortodoxos residentes no Algarve vão voltar a rezar juntos, no dia 20 deste mês, pela unidade das suas Igrejas, associando-se assim à Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos que anualmente é celebrada, no hemisfério norte, entre 18 e 25 de janeiro.

No Algarve, a iniciativa volta este ano a ter lugar na igreja de São Francisco, em Faro, pelas 16h, com a participação dos responsáveis de cada Igreja.
Os subsídios para as celebrações, reflexão e oração do oitavário – que este ano tem como lema a frase do livro do Êxodo “A tua mão, Senhor, é poderosa!” (EX 15,6) – foram preparados pelas Igrejas das Caraíbas. A equipa ecuménica teve como responsável o arcebispo católico de Kingston e bispo responsável pelo ecumenismo na Conferência Episcopal das Antilhas, D. Kenneth Richards, e o secretário-geral da Conferência Caribenha de Igrejas, Gerald Granado.
“Embora na libertação/salvação Deus tenha a iniciativa, Deus envolve forças humanas na realização de seu objetivo e nos planos para a redenção de seu povo. Os cristãos, pelo batismo, participam do ministério divino de reconciliação, mas as nossas divisões restringem o nosso testemunho e a nossa missão num mundo necessitado da cura que vem de Deus”, contextualiza o texto de apresentação do oitavário 2018.
O oitavário de oração pela unidade dos cristãos começou a celebrar-se em 1968 e teve como primeiro tema ‘Para o louvor de sua glória’ (Efésios 1,14).
A comunidade católica integra hoje perto de 1200 milhões de fiéis; a segunda Igreja mais representativa, a ortodoxa, atinge os 250 milhões.
Recorde-se que, as principais divisões entre as Igrejas cristãs ocorreram no século V, depois dos Concílios de Éfeso e de Calcedónia (Igreja copta, do Egito, entre outras); no século XI com a cisão entre o Ocidente e o Oriente (Igrejas ortodoxas); no século XVI, com a Reforma Protestante e, posteriormente, a separação da Igreja de Inglaterra. Luteranos (75 milhões), calvinistas/presbiterianos (80 milhões) e anglicanos (77 milhões) são as principais comunidades das chamadas ‘Igrejas tradicionais’ provenientes da Reforma, a que se juntam 60 milhões que se encontram ligadas ao metodismo.
com Ecclesia