O papel ainda existente na antiga tipografia da Diocese do Algarve, encerrada no final do ano 2012, foi doado à Cáritas Diocesana para ser convertido em alimentos para as pessoas mais necessitadas.

Foto © Samuel Mendonça/Folha do Domingo

O total de papel recolhido por aquela instituição da Igreja Católica na antiga Tipografia União, situada na Rua do Município, em Faro, foi de 1.320 quilos. O papel será trocado por bens alimentares no âmbito da campanha ‘Papel por Alimentos’, uma iniciativa promovida pela Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares com contornos também ambientais para além dos solidários.

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Esta recolha resultou dos trabalhos de limpeza e do levantamento do arquivo da centenária gráfica, cujo acervo está a ser preparado para integrar a criação de um núcleo museológico.

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O protocolo de colaboração interinstitucional entre a Diocese do Algarve, a Câmara Municipal e a Universidade do Algarve para criação do Núcleo Museológico da antiga Tipografia União, na Vila Adentro, foi estabelecido em dezembro de 2020. Na altura foi constituída uma equipa multidisciplinar que tem vindo a trabalhar numa proposta para a constituição do projeto que deverá ser entregue ainda este ano.

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Essa proposta passa pela exposição e comunicação (conteúdos, museografia, uso do digital), incluindo a identificação dos públicos, as condições de segurança, conservação e preservação do acervo, a previsão do pessoal e perfis profissionais correspondentes, o modelo de gestão e de recursos financeiros. Até ao momento, para além do levantamento do arquivo, foi ainda feita a seleção e inventariação de todas as peças existentes, a identificação das necessidades para a recuperação do edifício e a elaboração de um pré-projeto de arquitetura.

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A Tipografia União foi criada em 1909 para impressão, primeiramente do Boletim do Algarve (1910-1913) e, a partir de 1914, do jornal da diocese algarvia Folha do Domingo, seu sucedâneo, naquele ano fundado. A tipografia, que se especializou na impressão de periódicos, foi entre as décadas de 1940 e 1960, a que imprimiu praticamente todos os jornais do Algarve da altura.