Com a sua morte inesperada na sequência de um acidente de viação ocorrido nas Campinas (E.N. 2), nos arredores de Faro, quando prosseguia a sua sempre presente ação de pároco e de amigo de todos perdemos um dos maiores amigos, dos mais empenhados evangelizadores e dos mais admirados sacerdotes da Igreja Algarvia de então. Era o início da tarde de um soalheiro Domingo estival quando a infausta notícia correu célere na cidade onde era prior da comunidade de São Pedro, para além de outras relevantes funções eclesiais que, com o acrisolado fervor de sempre, concretizando uma verdadeira vocação, desempenhava.
O padre José Gomes da Encarnação nascera em Monchique e teve na escola que a família representava e nas pessoas de seus lembrados pais, exemplares cristãos, lembrando-nos Santa Ana e São Joaquim, pais da Santa Virgem Maria, que lhe incutiram as verdades da Fé.
Ecuménico, um verdadeiro percursor do espírito do Concílio Vaticano II, audaz na pronúncia do Evangelho de Cristo, educador a quem devemos grande parte da formação cristã que hemos, empenhado em tudo o que à Igreja importasse (a «Folha do Domingo e «A Avezinha», tal como a Tipografia União; as peregrinações diocesanas à Cova da Iria; a ida a Roma; a dinamização desportiva e formativa através da JOC e da Pré-JOC; a procissão em honra de Nossa Senhora das Vitórias, padroeira dos marítimos; a vinda da Imagem Peregrina da Senhora de Fátima; a celebração do «1º de Maio Cristão; o apoio às Missões, etc.) o padre «Zé Gomes», como por todos era com a maior estima e apreço tratado, legou-nos um percurso de autêntica vida cristã.
Na ocorrência do 60º aniversário da sua morte prestamos-lhe o tributo da maior gratidão e agradecemos a Deus o haver-nos dado este amigo e sacerdote de Cristo Redentor.