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Padre Agostinho Pinto • Foto © Samuel Mendonça

A promoção da Obra Pontifícia da Infância Missionária foi apresentada aos catequistas algarvios como uma “mais-valia” para a catequese.

Esta garantia foi deixada no Dia Diocesano do Catequista, realizado no passado dia 28 de janeiro, no Parque de Feiras e Exposições de Tavira, pelo diretor do Secretariado de Animação Missionária da Diocese do Algarve, que é por inerência de cargo o diretor diocesano das Obras Missionárias Pontifícias.

A Infância Missionária é uma das quatro Obras Missionárias Pontifícias que promove a animação e formação missionária das crianças e dos seus educadores na evangelização universal, especialmente das próprias crianças. Foi fundada em 1843 em Nancy (França) pelo bispo Charles de Forbin Janson no ano de 1843, com o objetivo de ajudar as crianças necessitadas da China e rapidamente se propagou pelo mundo inteiro, estando neste momento em desenvolvimento em cerca de 130 países com a finalidade de que “as crianças ajudem as crianças”.

O Dia da Infância Missionária foi depois instituído oficialmente em 1950 pelo papa Pio XII, separadamente do Dia Mundial das Missões, propondo aquela obra às crianças cristãs do mundo como uma escola de educação na fé. O Dia da Infância Missionária é assinalado no dia em que a Igreja celebra a solenidade da Epifania (palavra de origem grega que significa ‘brilho’ ou ‘manifestação’) que se celebra a 6 de janeiro nos países em que é feriado civil, sendo conhecida popularmente como Dia de Reis, e nos outros, como em Portugal, no domingo entre 2 e 8 de janeiro.

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Foto © Samuel Mendonça

O padre Agostinho Pinto explicou assim que a consciencialização das crianças dos problemas de outras crianças ajuda na sua educação. “Quando as crianças têm a perceção de que há outras que estão em muito pior situação do que elas, acabam por não ser tão exigentes. Com estas pequeninas iniciativas incutimos nas crianças e nos adolescentes o sentido da missão. E educa-se para serem cristãos, educando a serem missionários, evangelizadores”, concretizou, o sacerdote, acrescentando que a finalidade é “suscitar no espírito das crianças o seu protagonismo na solidariedade da evangelização”.

Aquele responsável, que apresentou um resumo da história da Infância Missionária, explicou que na prática, entre outras atividades, o compromisso com aquela iniciativa passa pela oração diária de uma Avé Maria e pela realização do mealheiro missionário com renúncias das próprias crianças para envio para as missões para construção de creches e escolas.

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Rosário Frias • Foto © Samuel Mendonça

Uma catequista da paróquia de Altura confirmou tratar-se de “uma mais-valia para a catequese” e que “a obra suscita o espírito de evangelização”. “Promove o espírito missionário entre as crianças, levando-as a partilhar sua fé, evangelizando. Ajuda pais, educadores e catequistas através da formação e animação a suscitar o espírito missionário universal”, acrescentou Rosário Frias.

A educadora testemunhou as atividades que realizam na paróquia em torno da Infância Missionária. “Despertámos nos catequizandos o interesse por participarem nas campanhas de fundo, através não só de mealheiros, mas também confecionando pequenos trabalhos no seio das famílias. Fazemos uma feirinha no dia da Infância Missionária em vendemos os trabalhos e esse dinheiro reverte a favor das missões”, contou.

O padre Agostinho Pinto desafiou ainda à estruturação das iniciativas ligadas à Infância Missionária, pedindo a formação de grupos paroquiais das missões e dois responsáveis por vigararia (conjunto de várias paróquias) para a dinamização daquela obra na diocese, dando como exemplo a criação do Centro Missionário Diocesano e a realização de um encontro diocesano com as crianças.

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Glória Brito • Foto © Samuel Mendonça

Glória Brito, também catequista na paróquia da Altura, explicou que os grupos paroquiais devem ser constituídos por 12 elementos, agrupados por faixas etárias.