O padre Armando José Costa Vilarinho Filhó Amâncio, de 50 anos, está a celebrar este ano 25 de sacerdócio. Natural da antiga freguesia do Campo Grande em Lisboa, onde nasceu a 16 de janeiro de 1972, frequentou a catequese a partir dos 8 anos de idade e fez a caminhada catequética normal.
Com 11 anos começou a pensar entrar no seminário. Na altura, o Seminário de Faro estava fechado e a instituição mais perto para formar sacerdotes era o Seminário de Beja. No entanto, a avó não o deixou ir porque era ainda novo e a instituição ficava longe de Olhão, onde moravam. Os bisavós e os avós paternos do padre Armando Amâncio eram daquela cidade. A avó, crente e comprometida na Igreja através da Ação Católica, foi a garante da sua caminhada de fé.
O pequeno Armando teve então de esperar pela reabertura do Seminário de Faro para poder ingressar na instituição, o que aconteceu aos 14 anos. Determinado na vocação, o sacerdote diz que nunca pensou em seguir outro caminho vocacional. Depois da caminhada normal nos Seminários de Faro e Évora, foi ordenado sacerdote em Quarteira, na igreja de São Pedro do Mar, pelo então bispo do Algarve D. Manuel Madureira Dias, no dia 29 de junho de 1997.
Depois de ordenado foi colaborar com o padre Luís Gonzaga nas paróquias de Olhão e Quelfes, onde esteve de 1997 a 2000. Seguiram-se, como pároco, as paróquias de Alte, Ameixial e Querença, de 2000 a 2008, e as de São Sebastião de Lagos e Odiáxere, de 2008 a 2015.
Em 2015 regressou a Olhão, após ter sido nomeado pároco, e passou em 2016 a acumular com o vicariato da Sagrada Família do Siroco, na mesma cidade, e com a paróquia de Quelfes em 2017.
O aniversariante, em depoimento ao Folha do Domingo, refere que estes 25 anos passaram muito rápido, mas deixaram boas experiências. “Já passaram 25 anos desde que comecei neste serviço a Deus na pessoa dos irmãos, mas para mim parece que foi ontem. São 25 anos muito vividos, com comunidades diferentes, tal como expectável, mas com pessoas que sempre me ensinaram muito”, considera.
O sacerdote lembra ter passado por diversas realidades na diocese. “Passei por comunidades do barrocal e serra e por comunidades do litoral onde encontrei pessoas muito generosas e com grande capacidade de entrega. Pessoas que, provavelmente, sem saberem foram fundamentais para o meu crescimento enquanto homem e enquanto sacerdote. Foram anos de grande descoberta, de entrega e, sobretudo, anos de grande partilha de vida com essas mesmas comunidades”, declara.
O padre Armando Amâncio diz continuar “aberto à novidade, ao inexplicável”, uma dimensão que assegura estar “sempre presente” “na relação com Deus e com os outros”. “Apenas sabemos que o caminho é adiante. Como será esse caminho é sempre uma incógnita, apenas contamos com o sustento de Deus e com a sua presença. E isso basta”, sustenta, acrescentando não ter planos para o futuro porque o que importa é “manter o caminho de serviço e a confiança em Deus”.
As bodas de prata sacerdotais vão ser assinaladas com celebração de uma Eucaristia “de ação de graças” em Olhão, na igreja matriz, no domingo, 10 de julho, pelas 18h, seguida de um jantar promovido pelas comunidades de Olhão, Quelfes e Siroco.