
A professora do ensino secundário Paula Sousa encabeça a lista da coligação Unidos por Silves, formada pelo CDS-PP e PPM, candidata à presidência deste município algarvio, onde disse querer imprimir uma “nova dinâmica”.
Militante do CDS-PP, Paula Sousa, de 44 anos, considerou que Silves está “moribundo” e “parado no tempo”, necessitando de “investimento” e de um “conjunto de alterações” que permitam colocar o município “em pé de igualdade com outros concelhos desenvolvidos” do Algarve, “como Loulé ou Lagoa”, exemplificou.
“Penso que a candidata da CDU e a atual presidente da câmara, Rosa Palma, tem feito pequenas alterações ou pequenos melhoramentos, mas não tem feito um melhoramento de raiz que projete o concelho no futuro”, afirmou Paula Sousa à agência Lusa.
A candidata da coligação CDS-PP/PPM acusou a atual autarca de “eleitoralismo” por muitos dos contratos realizados pelo município no último mandato terem sido feitos apenas no ano transato.
“Se consultarmos o portal de contratos públicos ´online`, é desde o ano passado que nós conseguimos ver algumas alterações no concelho. Não houve por parte desta presidente e desta gestão CDU uma preocupação em promover, em trazer investimento, em cativar jovens para o concelho, que tem muitas potencialidades, mas que não foram aproveitadas no último mandato”, sustentou.
Paula Sousa considerou necessário encontrar “empresas que invistam no concelho”, nas atividades “não só da agricultura ou da apicultura, mas também de outras áreas”, e lamentou que “o comércio local esteja parado” e haja “uma necessidade real de desassorear o rio Arade”.
“Esse desassoreamento do rio também trará e cativará a vinda de empresários, mas falta-nos aqui uma zona industrial também, que não termos”, acrescentou.
Sobre os objetivos para as eleições de 01 de outubro, a candidata disse não ter metas definidas para um concelho onde o CDS-PP “desde há muitos anos não tem nenhuma candidatura”.
“Isto é uma coligação, a coligação Unidos por Silves, entre o CDS-PP e o PPM, não temos nenhuma expectativa nem nenhuma meta, queremos ter o maior número de eleitores que votem no nosso projeto. Claro que pretendíamos, como é óbvio, ganhar as eleições para alterar a dinâmica do concelho, mas se conseguíssemos ao menos ter vereadores, seria já um ponto de partida”, disse.
A Câmara de Silves é liderada por Rosa Palma (CDU), que se recandidata nestas eleições, depois de nas últimas autárquicas, em 2013, ter levado a coligação formada pelo PCP e pelo PEV à vitória, com 34,68%, que lhe garantiram três dos sete mandatos em disputa.
O PSD obteve 27,32% das preferências dos eleitores e dois vereadores, enquanto o PS foi a terceira força política do município, com 25,63% dos votos, que lhe valeram os outros dois vereadores.
Rogério Pinto (PSD), Fátima Matos (PS) e Rui Barradas (BE) são os outros candidatos à presidência da Câmara de Silves, nas eleições de 01 de outubro.