Pedro Mota Soares disse acompanhar há cerca de dois anos o projeto ‘Missão País’ e ter ficado “muito impressionado por ver o grau de compromisso” dos universitários que o levam a cabo.
“Fiquei muito impressionado com a capacidade de entrega que eles têm”, precisou o antigo ministro da Solidariedade, Trabalho e da Segurança Social na referência que fez àquele projeto de voluntariado missionário durante a sua intervenção nas XIX Jornadas de Ação Sociocaritativa da Diocese do Algarve do passado sábado que tiveram lugar no Centro Pastoral e Social em Ferragudo.
Mota Soares, que referiu inclusivamente a semana de voluntariado realizada em Alcoutim por estudantes da Universidade do Algarve, disse que a ‘Missão País’ é exemplo de uma iniciativa “de gente que pensa as coisas de uma forma completamente nova”. “Vejo hoje muita gente jovem se calhar com mais capacidade de comprometimento do que os jovens da minha geração”, prosseguiu.
Em declarações ao Folha do Domingo, o ex-governante destacou como “um enorme sinal de esperança” os jovens que olham para o seu futuro profissional e “mesmo assim não querem deixar de fazer um voluntariado de compromisso”. “Hoje, numa sociedade que é infelizmente uma sociedade com uma dimensão valorativa muito diminuta e que se esquece de valores que são essenciais para a existência das próprias sociedades, vejo estes bons exemplos e gosto de me agarrar a eles”, afirmou, lembrando haver muitos outros exemplos de voluntariado juvenil através de instituições sociais e ONG’s.
A ‘Missão País’ é um projeto católico criado em 2003 a partir do Movimento Apostólico de Schoenstatt (embora hoje seja independente) que organiza e desenvolve missões universitárias a partir de várias faculdades de Portugal. São semanas de apostolado e de ação social que decorrem durante três anos consecutivos no período de interrupção de aulas entre o primeiro e o segundo semestres, divididas em três dimensões complementares – externa, interna e pessoal – em que o primeiro ano consiste no “acolhimento”, o segundo na “transformação e o terceiro no “envio”.