Foto © Samuel Mendonça

Dezasseis dos cerca de 30 professores a lecionar a disciplina de Educação Moral e Religiosa Católica (EMRC) no Algarve neste ano letivo de 2016/2017 participaram no passado dia 6 deste mês numa formação que teve lugar no Seminário de São José, em Faro.

O encontro foi orientado pelo padre Frederico de Lemos, sacerdote da Companhia de Jesus (jesuítas), tendo em conta a formação espiritual dos docentes e como pano de fundo o episódio do encontro de Jesus com os discípulos a caminho de Emaús.

Desafiando os professores à reflexão pessoal, o sacerdote pediu-lhes que identificassem “acontecimentos marcantes” vividos na escola e na sua missão de educadores, bem como “sinais de esperança” que tenham testemunhado.

“Muitas vezes vemos o presente com «cores cinzentas», parecendo uma fotografia que se vai prolongar como se o tempo parasse. Esta, muitas vezes, é a nossa perspetiva do presente e da sua relação com o futuro e não conseguimos imaginar um futuro diferente. Um cristão deve combater esta fixação do presente para o futuro”, afirmou, exortando à esperança.

De manhã, após o momento de reflexão pessoal, os professores reuniram-se por grupos para discutir o tema.

Foto © Samuel Mendonça

Após o almoço, os docentes voltaram a refletir individualmente sobre as dificuldades da sua missão. “Que dificuldades podemos encontrar na vossa missão que não são muito diferentes das que Jesus encontrou?”, questionou o padre Frederico de Lemos, lançando as pistas para a reflexão.

O formador, que durante o encontro também abordou nalguns pontos a exortação apostólica ‘Evangelii Gaudium’ (A Alegria do Evangelho) do papa Francisco, questionou ainda sobre os desejos de cada um para o futuro da sua missão letiva e a tarde prosseguiu com o sacerdote a evidenciar aos docentes o que é necessário para assumirem o serviço de serem professores de EMRC.

Também presente naquele encontro, promovido pelo Secretariado da Pastoral Escolar da Diocese do Algarve, o assistente daquele organismo destacou que “os professores de EMRC são o instrumento mais nobre que a Igreja tem dentro de uma escola”. O cónego Carlos César Chantre frisou que o docente daquela disciplina “é responsável pela formação das consciências”. “Em nome do senhor bispo [do Algarve] agradeço-vos muito este trabalho e espero que continuem”, afirmou.