A Associação de Profissionais da Guarda (APG) pediu ontem ao ministro da Administração Interna medidas urgentes para colmatar o défice de militares e os meios obsoletos da GNR, que considera serem obstáculos no combate à criminalidade.
Em comunicado, a APG/GNR invoca o caso de um militar que foi na segunda-feira “violentamente agredido” por um homem na sequência de um assalto, em Loulé, “tendo sofrido ferimentos nas costas com uma pedra, escoriações na cara e várias dentadas na mão direita”.
De acordo com a APG/GNR, a realidade não corresponde “aos discursos do sr. ministro da Administração Interna”, que tem justificado a redução de efetivos com a redução da criminalidade. Esta, segundo o responsável, tem tendência para diminuir devido ao envelhecimento da população.
“Este é apenas um dos episódios cada vez mais recorrentes, em que situações de violência contra os profissionais da GNR se sucedem”, frisa a associação, lembrando que os militares no terreno se deparam, cada vez mais, “com uma criminalidade mais sofisticada, com meios bem superiores aos disponíveis pelas forças de segurança”.
A delegação do Sul daquela associação defende ainda uma alteração legislativa capaz de dissuadir os potenciais agressores de agirem contra agentes da autoridade, já que os profissionais da GNR continuam “completamente desprotegidos” em caso de agressão.
“A APG/GNR exige da tutela medidas urgentes, que confiram os meios humanos e materiais adequados e necessários ao exercício da segurança pública, para que episódios como este, ou outros bem mais graves, que já resultaram na perda da vida de profissionais não se venham a repetir”, conclui.