Reiniciaram-se no mês de outubro, os encontros vocacionais para rapazes, realizados pelo Seminário de Faro no âmbito do Pré-Seminário.
O primeiro encontro deste ano pastoral de 2018/2019 realizou-se nos dias 19 e 20 de outubro no edifício do próprio Seminário de São José, com a participação de sete rapazes das paróquias de Ferreiras, matriz de Portimão, Monchique, Olhão, Paderne e Sé de Faro, para além dos cinco seminaristas que estão a frequentar o ano propedêutico naquela instituição. “Foram desafiados a refletir, debater e rezar a vocação no contexto das várias vocações que dão vida e expressão ao ser Igreja como resposta de amor a Deus que nos envia a anunciá-l’O e a transformar o mundo”, explicou a organização.
O Pré-Seminário é constituído por três grupos – o primeiro do 7º ao 9º ano de escolaridade, o segundo do 10º ao 12º ano e o terceiro para jovens a partir dos 18 anos – com rapazes das paróquias de Armação de Pêra, Estoi, Ferreiras, Loulé, matriz de Portimão, Moncarapacho, Monchique, Olhão, Paderne, São Pedro de Faro (incluindo da comunidade de São Paulo, no Patacão), Santa Bárbara de Nexe, Sé de Faro e Tavira. Os dois primeiros têm 17 elementos e o terceiro têm quatro jovens, havendo, para além destes, alguns que também são acompanhados vocacionalmente, mesmo fora do grupo do Pré-Seminário, por estarem na universidade ou no mundo laboral.
O segundo encontro decorreu no passado dia 17 deste mês no Centro Pastoral Beato Vicente, em Albufeira, para os dois primeiros grupos e contou com a participação de 12 rapazes das paróquias de Estoi, Ferreiras, Loulé, Moncarapacho, Monchique, Olhão e da comunidade de São Paulo, no Patacão, da paróquia de São Pedro de Faro.
O encontro, sob o tema “Senhor, que queres de mim?”, abordou as figuras bíblicas de Samuel, Jeremias e Paulo. Os seminaristas algarvios, que estudam no Seminário Maior de Évora e que também participaram na iniciativa, partilharam dois aspetos do seu percurso de discernimento vocacional: a “importância de terem vivido a experiência do Seminário Menor e Propedêutico como comunidade de descoberta vocacional” e a “centralidade da oração e da Palavra de Deus como lugar de descoberta da vontade de Deus”.
O encontro contou ainda com um tempo de adoração eucarística, tendo terminado com o almoço partilhado entre todos os participantes.
Um terceiro encontro, para os rapazes maiores de 18 anos, realizou-se no último sábado também no edifício do Seminário de São José de Faro. Orientados pelo padre Vasco Figueirinha, procuraram debruçar-se sobre o tema “Senhor, que queres de mim?”, tendo participado dois jovens, um da Sé de Faro e outro de Loulé.
Em declarações ao Folha do Domingo, o reitor daquela instituição explicou que estes mais de 20 rapazes “que se interrogam vocacionalmente”, incluindo o seminarista João Santos, oriundo da paróquia da Sé de Faro, a frequentar o ano propedêutico, são já o resultado das visitas realizadas às paróquias, da reorganização do Pré-seminário, bem como do acompanhamento pessoal realizado com alguns no passado ano pastoral.
O padre António de Freitas acrescenta haver mais “alguns que ainda não se decidiram a entrar no Pré-Seminário, mas são possíveis candidatos a fazer este discernimento acompanhado”. “Nem eu, nem a equipa [formadora] olhamos para o trabalho do ano passado em função deste ano. Olhamos numa perspetiva de futuro”, refere o sacerdote, lembrando que a proposta feita é um “trabalho lento e demorado” e não uma “questão imediata” que vise a rápida entrada de rapazes no Seminário. “Prende-se com a questão de irmos passando e ajudando os adolescentes e os jovens a discernirem e a predisporem-se para mais tarde poderem vir a entrar no Seminário e a fazer este caminho de discernimento vocacional”, esclareceu.
“Não podemos olhar para as vocações só a partir do número de seminaristas. Há aqui um trabalho que se vai fazendo. Não temos os frutos imediatos, nem podemos pretendê-los, mas a médio prazo aparecerão”, acrescentou, considerando que “ter um grupo de pré-seminaristas com cerca de 20 adolescentes e rapazes é algo de muito positivo”. “Dá-nos uma grande esperança e uma motivação muito grande”, concluiu, explicando que as visitas paroquiais continuam este ano, embora com menos regularidade, incluindo as que as paróquias também têm feito ao Seminário do Algarve.