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Faleceu na última noite o padre Augusto de Brito, pároco de São Bartolomeu de Messines e São Marcos da Serra, respetivamente desde 1993 e 1994.

O sacerdote, que sofria há muitos anos com as complicações de saúde provocadas pela diabetes, foi encontrado esta manhã sem vida na casa paroquial de São Bartolomeu de Messines.

Natural de Barão de São Miguel (concelho de Vila do Bispo), onde nasceu há 71 anos, o padre Augusto de Brito sempre morou em Estoi.

Tendo ido para o Porto cumprir serviço militar, por lá participou num dos encontros do que viriam a ser mais tarde os Convívios Fraternos. Essa experiência acabou por fazê-lo reencontrar o caminho da fé.

Acabando por ficar no Porto a trabalhar na antiga TLP (atual PT), a vocação sacerdotal acabou por falar mais alto e decidiu apresentar-se, já em 1985, ao então bispo do Algarve, D. Ernesto Costa, para iniciar a formação de seminarista na cidade invicta.

D. Júlio Tavares Rebimbas, na altura bispo do Porto, deixou-o continuar a trabalhar, indo apenas aos fins-de-semana ao Seminário participar nos estudos. Paralelamente iniciou o estudo na Universidade Católica do Porto.

Coincidindo com a vinda de D. Manuel Madureira Dias para o Algarve, sentiu dificuldade em conciliar o trabalho com a universidade e o serviço pastoral numa paróquia do Porto. Nessa altura, manifestou vontade em passar a seminarista interno, decisão que coincidiu com a vontade do prelado.

Ficou ano e meio no Seminário Maior do Porto como interno mas continuou a trabalhar nas férias e só se desvinculou da empresa quando foi ordenado diácono.

A 8 de dezembro de 1991 foi ordenado presbítero por D. Manuel Madureira Dias na Sé de Faro. Depois de ordenado, com a saída do padre Luís Gonzaga Nunes daquelas comunidades, foi nomeado, primeiro administrador paroquial e depois pároco das paróquias de Martinlongo, Vaqueiros e Cachopo em 1992, a que, no ano seguinte, se juntou o Ameixial.

Em outubro de 1993 seria nomeado pároco de Messines, acumulando somente com a paróquia do Ameixial, que deixou em janeiro de 1994 por ter sido nomeado prior também de São Marcos da Serra. Desde então ficou responsável por uma área pastoral, com cerca de 400 quilómetros quadrados, dispersa por entre o barrocal e a serra.

O trabalho do sacerdote falecido fica indubitavelmente ligado à recuperação do património e à criação de novas estruturas. Em São Bartolomeu de Messines recuperou telhados, salas e portas da igreja matriz e empreendeu a edificação da Casa Paroquial e do Centro Pastoral, com salas para a catequese, salão polivalente e cartório com sala de arquivo anexa.

O corpo do sacerdote estará amanhã, a partir das 14.30h, em câmara ardente na igreja de São Bartolomeu de Messines, onde será realizado o seu funeral no dia seguinte, presidido pelo bispo do Algarve também às 14.30h. Dali, o féretro seguirá para o cemitério de Estoi, onde o corpo do sacerdote será sepultado.