Foto © Samuel Mendonça

A Câmara de Faro reiterou ontem à empresa Docapesca, responsável pela gestão dos espaços portuários, o pedido de limpeza e manutenção da doca de recreio da cidade, alertando para a contínua degradação verificada no local.

Lamentando “a falta de resposta a diversos ofícios” enviados à Docapesca a pedir uma solução para o problema, a autarquia algarvia solicita novamente a realização desses trabalhos, “atendendo à proximidade do período estival e o consequente acréscimo de visitantes na cidade”.

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“Depois de, em novembro do ano transato e janeiro do corrente ano, já termos alertado essa entidade para estas situações, não compreendemos por que não começou já um plano de intervenção que salvaguarde esta zona nobre da cidade de Faro e que atualmente representa um espetáculo degradante para todos os farenses, um péssimo cartão-de-visita para os milhares de turistas que nos vistam e que afeta diariamente cerca de 500 famílias utentes da doca, por razões profissionais ou recreativas”, criticou a Câmara numa carta enviada à Docapesca.

Na missiva assinada pelo presidente da Câmara, Rogério Bacalhau (PSD), e dirigida à presidente do Conselho de Administração da Docapesca, Teresa Coelho, a autarquia referiu que “os abatimentos do passado dia 26 deixam transparecer ainda mais o estado de degradação a que a doca de recreio chegou” e a necessidade de proceder aos trabalhos.

“O leito encontra-se assoreado e, em maré baixa, o cheiro é nauseabundo, os mosaicos de impermeabilização estão todos a cair, originando a infiltração perigosa da água no subsolo e a consequente instabilidade, já responsável por vários abatimentos nas ruas circundantes”, exemplificou o município algarvio.

A Câmara de Faro considera que a situação é “agravada pela recorrente falta de respostas” da Docapesca aos ofícios enviados pela autarquia, “perpassando a ideia de que o Governo não pode ou simplesmente não quer proceder a qualquer arranjo na doca”, “desmentindo” as notícias “colocadas a circular” sobre a “intenção da Docapesca em proceder a ‘trabalhos de manutenção’” durante o ano de 2017.

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“Reiteramos a vossa excelência a necessidade de proceder à limpeza e manutenção da doca de recreio, assim como de toda a zona ribeirinha sob vossa jurisdição, no sentido de que também vossas excelências possam contribuir para a afirmação da nossa cidade como destino de eleição para os milhares de turistas que visitam a região”, pediu o município na carta enviada à Docapesca e revelada publicamente num comunicado.

A doca de recreio de Faro está localizada em plena baixa da cidade algarvia, tem o jardim Manuel Bívar de um lado e a Ria Formosa do outro.

A agência Lusa está a tentar obter uma reação da Docapesca às críticas do município, mas ainda não teve sucesso.