Realizou-se ontem em Querença o funeral de Joaquim Guerreiro, falecido na madrugada do passado dia 2 deste mês, vítima de cancro.

Com 49 anos, o diretor delegado do Teatro Municipal de Faro faleceu no hospital de Loulé. O seu corpo esteve em câmara ardente na igreja matriz de Loulé, tendo sido sepultado no cemitério de Querença.

Em fevereiro passado, o seu nome foi aprovado por unanimidade pelo PSD/Loulé para encabeçar a lista do partido nas próximas eleições autárquicas, mas, em abril, Joaquim Guerreiro acabou por desistir da candidatura, por motivos de saúde, sendo substituído por José Graça.

Joaquim José Ramos Guerreiro acumulou ao longo da vida várias experiências como dirigente associativo e membro de diversos órgãos autárquicos, tendo sido vereador da Câmara Municipal de Loulé, com os pelouros da Cultura, Eventos e Turismo, entre 2009 e 2013.

Antes, tinha desempenhado as funções de chefe do Gabinete de Apoio ao Presidente da Câmara de Loulé e de coordenador, durante oito anos, do Gabinete de Comunicação e Relações Públicas.

Joaquim Guerreiro foi o mentor de muitos dos principais eventos culturais e de animação dos municípios de Loulé e de Faro que rapidamente ganharam dimensão e reconhecimento regional e até nacional, tendo começado a ser replicados noutros pontos do país. O Festival MED, em Loulé, que arrancou em 2004, a Noite Branca, na mesma cidade, ou o Alameda Beer Fest e o Festival F, em Faro, são alguns exemplos de eventos da sua autoria.

O criador do Festival F foi mesmo homenageado (vídeo abaixo) na madrugada do seu falecimento no decurso da última edição do evento que decorreu no passado fim-de-semana.

A Câmara de Faro considerou em nota enviada à Lusa que Joaquim Guerreiro deixa “um legado de grande valor humano e profissional”.

O município de Faro deixou um “voto público de profundo agradecimento a Joaquim Guerreiro” e apresentou a todos os seus “colegas, familiares e amigos a expressão das suas mais sentidas condolências”.

A Câmara de Loulé, em nota enviada aos órgãos de comunicação social, considerou que Joaquim Guerreiro, “apesar da sua juventude, desempenhou diversos cargos públicos sempre com dedicação e inteligência”. “À sua criatividade e energia Loulé ficou a dever-lhe a conceção e implementação de eventos festivos e culturais de grande valor”, reconheceu a autarquia.

com Lusa