O Farense não conseguiu ontem conquistar o Campeonato de Portugal de futebol, ao perder com o Mafra, por 2-1, na final realizada no Estádio Nacional, em Oeiras, com um golo sofrido já no tempo de compensação.
Os algarvios até entraram bem como jogo e marcaram o único tento logo aos seis minutos por Fábio Gomes, o que parecia ser suficiente dado o que se ia passando em campo. A acutilância e a pressão incutida pelo Farense resultou naquele tento madrugador. O veterano médio Neca, que ontem se despediu dos relvados, cobrou o canto da esquerda direitinho para a cabeça do possante avançado Fábio Gomes.
A diferença de qualidade foi evidente durante os primeiros 45 minutos. O Farense com o objetivo claro de querer resolver o jogo cedo, quase sempre a jogar no meio-campo do adversário e muito rematador. O Mafra jogava a passo, esperava por eventuais erros dos algarvios e apostava forte nas bolas paradas.
Porém, o conjunto mafrense veio rejuvenescido dos balneários, com os golos de Ricardo Rodrigues, aos 74, e de Juary Soares, aos 90+3, a confirmarem o título. O intervalo trouxe um Mafra diferente, mais balanceado para o ataque e com outra vontade para inverter o rumo do resultado, ainda que esbarrasse constantemente na sólida defesa de Faro. O ‘tiro’ de Ricardo Rodrigues, sem deixar a bola cair no chão, assustou o guarda-redes Miguel Carvalho, que viu bola passar a rasar o poste da sua baliza.
Numa rara desconcentração da defensiva farense, os dois homens vindos do banco, Ricardo Rodrigues e Marco Aurélio, combinaram bem e repuseram a igualdade.
Porém, o Farense voltou a ter uma soberana oportunidade para passar de novo a comandar o marcador, mas o experiente lateral Jorge Ribeiro foi displicente ao atirar com estrondo à barra da baliza na marcação de uma grande penalidade, após falta do autor do golo do Mafra, sobre Cássio.
Quando já todos esperavam pelo prolongamento, Mauro Antunes bateu o livre para o coração da área e, mais forte do que os centrais adversários, o central Juary cabeceou para o golo do título.
A equipa de Rui Duarte justificou a aposta forte que fez no início da temporada e nem mesmo o desaire com o Felgueiras (0-1) colocou em causa a passagem às ‘meias’, graças à vantagem da primeira mão (2-3). A caminhada para a II Liga ficou consumada perante um acessível Vilafranquense, sem argumentos para travar os algarvios nos dois desafios (3-0 e 1-1).
com Lusa