Esta jornada de oração, estudo e avaliação, contou com a presença de D. Manuel Madureira Dias tendo o Bispo emérito do Algarve feito uma palestra sobre o serviço, enquanto causa de amor e proximidade cristã e um exemplo milenar que deve ser seguido.
Com os olhos na Bíblia, D. Manuel Madureira Dias, recorreu a um Cristo servidor como primeiro ponto desta palestra, exortando todos a “olhar para Ele e ver em que aspectos da sua vida todos são chamados a reproduzi-lo”.
Recorrendo às palavras sábias escritas nos Evangelhos, o Bispo emérito do Algarve, centrou a sua mensagem na ideia de que “também o filho do Homem não veio para ser servido mas para servir e dar a sua vida para resgatar a multidão”.
Procurando equiparar a própria experiência dos diáconos enquanto serviço revestido daquilo que caracteriza os pastores, isto é, dar a vida pelas próprias ovelhas, D. Manuel Madureira Dias, na sapiência do seu conhecimento, ressalvou três características que julga fundamentais para os diáconos, sejam na sua vida pessoal, familiar e pastoral.
Primeiro, os diáconos devem ter uma espiritualidade que os faça parecer com Cristo pastor, devendo procurar uma identificação progressiva com Ele ao longo da sua vida, para que o espírito faça deles uma oferenda permanente. Acrescentou mesmo, com ênfase, “nós não nos emprestamos, oferecemo-nos”.
Segundo, estimulou os diáconos para uma espiritualidade centrada na construção da comunhão fraterna na comunidade local, tanto no seio da sua própria família, mas também no âmbito do presbitério onde estão inseridos.
Concluiu, em terceiro e por fim, que os diáconos pelo facto de o serem têm que ser pessoas com uma mística de serviço. Em jeito de comparação muito própria e com sentido figurado, D. Manuel Madureira Dias, apelidou os diáconos como os escuteiros da hierarquia, isto é, como aqueles que devem estar atentos ao que precisam deles, na espiritualidade de Cristo pastor, na unidade da comunhão da comunidade e no seio da própria Igreja.
Nuno Silva
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