A nova diretora do Departamento Nacional da Catequese, que é também a responsável do Setor da Catequese da Infância e Adolescência da Diocese do Algarve, afirma que Semana Nacional da Educação Cristã, que iniciou este domingo, ajuda a «tomar mais consciência do contributo» de cada pessoa nas comunidades
A irmã Arminda Faustino afirmou que este setor pastoral se destina às crianças, aos adolescentes e também aos adultos, considerando a comunidade “a grande catequista”.
“A grande catequista é a própria comunidade”, afirmou a diretora do Departamento de Catequese do Secretariado Nacional da Educação Cristã (SNEC), no Programa Ecclesia, transmitido na RTP2, lembrando a importância da comunidade na experiência inicial de cada um no seu caminho na fé.
Para a irmã Arminda Faustino, que iniciou funções neste Ano Pastoral, os “mais pequeninos”, logo no primeiro ano, no seu grupo, vão “tomando consciência, pouco a pouco”, que são muitos mais e “não é apenas aquele grupinho”.
Segundo a religiosa, que é também a responsável do Setor da Catequese da Infância e Adolescência da Diocese do Algarve, a catequese “não é apenas com as crianças, com os adolescentes”, porque existem os pais e os irmãos, os avós e os primos, têm amigos, “muita gente” e o catequista “pode chegar muito mais longe”, por isso é importante o acolhimento e o “olhar atento para as famílias”.
A religiosa das Irmãs Missionárias Reparadoras do Sagrado Coração de Jesus destaca que, na pandemia Covid-19, “alguns catequistas inventaram-se”, foram “criativos”, o que “foi ótimo para os miúdos e para as suas famílias”.
“Como estavam em casa e o catequista sentia-se obrigado àquele contacto permanente. Também houve situações que não tiveram essa possibilidade e foi difícil mas acho que nos ajudou, foi como que um laboratório que tivemos a possibilidade de ir descobrindo”, desenvolveu.
A coordenadora do Departamento de Catequese do SNEC explica que existem critérios para ser catequista, que “é uma missão e uma vocação e não pode ser feita individualmente, nem isoladamente”, e a Igreja “como mãe sempre indicou esses critérios”.
“O adolescente percebe muito bem como é que o catequista está ou não está integrado, e lida com os outros, desde a relação com o pároco, desde a relação com os catequistas, com as pessoas, com outro pessoal no seu dia-a-dia. Hoje o catequista não é catequista uma hora por semana mas é em cada momento da semana”, acrescentou.
A Igreja Católica em Portugal começou este domingo a celebrar a Semana Nacional da Educação Cristã 2021, apontando a “novos caminhos” no setor, refere numa nota a Comissão Episcopal da Educação Cristã e Doutrina da Fé (CEECDF).
Para a irmã Arminda Faustino esta semana anual é importante para “ajudar a tomar mais consciência da necessidade de cada um, do contributo de cada um, sobretudo nas comunidades”.
A religiosa salienta que uma das notas que os bispos lançam para esta Semana da Educação Cristã é o cuidado com a “equipa de catequistas, que é chamado a tornar-se este fermento de vida comunitária e de sinodalidade”.
com Agência Ecclesia