Realizou-se no passado sábado o Encontro Regional de Caminheiros e Companheiros, (escuteiros dos 18 aos 22 anos, respetivamente dos ramos terrestre e marítimo, pertencentes à IV secção) dos diversos agrupamentos algarvios do Corpo Nacional de Escutas (CNE).
A atividade, promovida pela Junta Regional do Algarve do CNE, através da sua Secretaria Regional Pedagógica da IV Secção, não decorreu este ano presencialmente por causa da pandemia de covid-19, tendo sido realizada por videoconferência com uma das mais altas participações dos últimos anos: 90 elementos (69 Caminheiros e Companheiros e 21 dirigentes, incluindo membros da Equipa Regional da IV Secção, da Secretaria Regional Pedagógica e da Junta Regional).
O encontro, que teve este ano como lema “Seguir” e como “herói” o navegador Pedro Álvares Cabral, permitiu, uma vez mais, aos Caminheiros e Companheiros organizarem o seu ano escutista e serviu sobretudo para reverem a ‘Carta de Clã’, um documento no qual estabelecem anualmente os objetivos que se propõem cumprir.
Divididos por cinco clãs, identificados com nomes das naus da armada de Pedro Álvares Cabral, cada um deles debateu os pontos do documento para revisão. Os escuteiros tiveram de justificar as decisões de manter, alterar ou retirar cada alínea, tendo a carta de intenções sido assinada depois por todos.
O encontro regional foi este ano dominado pela realidade da pandemia que também impôs novas regras à vivência do escutismo. Após o acolhimento, a oração inicial, a palavra de boas vindas do chefe regional Luís Cabrita e da secretária regional pedagógica Vanda Brazona e um breve jogo de perguntas sobre o “herói” da atividade, os jovens escuteiros, divididos por clãs, debateram o tema “Escutismo em tempo de Pandemia”.
Na segunda parte da manhã, em que foi feita a revisão da ‘Carta de Clã’ no mesmo modelo de trabalho, a questão da pandemia também esteve em cima da mesa e isso foi notório em quase todos os pontos do documento aprovados. “Motivar a celebração de todas as atividades regionais e nacionais adaptadas à nova realidade pandémica”, como por exemplo a do dia do patrono, “apelar à participação em ações de serviço diversos e fazer a sua partilha, adaptando às condições da covid-19” ou a “criação/realização de uma atividade regional periódica online da IV secção e criação de uma equipa de organização da mesma” foram alguns dos objetivos assumidos em que a preocupação de adaptação à nova realidade esteve presente.
Para além deste aspeto, também a questão da inclusão de pessoas portadoras de deficiência não foi esquecida. Os Caminheiros e Companheiros propuseram-se a “promover workshops mensais de língua gestual portuguesa com posterior divulgação, assumindo o compromisso de treino da mesma ao longo do mês, através das reuniões de clã semanais”.
O CNE, fundado no Algarve em 1932 pelo cónego José Augusto Vieira Falé, conta atualmente com 34 agrupamentos num total de 2.219 elementos.