Foto © Samuel Mendonça/Folha do Domingo

O Dia Internacional da Paz celebra-se na próxima sexta-feira, 21 de setembro, com iniciativas por todo o mundo, mas na passada segunda-feira assinalou-se já em Portugal com uma cerimónia que teve lugar no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, promovida pelo Observatório Internacional de Direitos Humanos.

O evento contou com a presença da ministra da Justiça, Francisca Van Dunem, do presidente do Observatório Internacional de Direitos Humanos, Luís Andrade, e da presidente do Lions Clubs International, Gudrun Bjort Yngvadottir, para além de uma mensagem do papa Francisco e de uma mensagem de vídeo do Secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres.

Foto © Samuel Mendonça/Folha do Domingo

A celebração do Dia Internacional da Paz também foi antecipada no Algarve, no passado dia 17, tendo o bispo da diocese algarvia presidido à celebração da eucaristia na igreja de São Francisco, em Faro.

Foto © Samuel Mendonça/Folha do Domingo

D. Manuel Quintas lembrou que “desde 1982 que o dia 21 de setembro, por decisão da ONU, é o Dia Internacional da Paz”. “Em 1981 a Assembleia Geral das Nações Unidas teve também a iniciativa de declarar o dia 21 de setembro de cada ano como Dia Internacional da Paz”, recordou, acrescentando que foi celebrado no ano seguinte pela primeira vez.

“Nós, Igreja Católica, não podemos ficar indiferentes quando nos convidam para, neste dia, nos associarmos a toda esta gente que também quer fazer deste dia um dia de sensibilização pela paz”, afirmou o prelado, desafiando todos a crescerem “no apreço pela paz e no empenho pessoal em construir a paz, tendo presente os valores humanos, os direitos humanos”.

Na eucaristia, concelebrada pelos freis José do Casal Martins e José dos Santos Ferreira, o bispo do Algarve exortou assim todos, “a nível pessoal e também como Igreja diocesana”, a unirem-se àqueles que “também se empenham na defesa dos direitos humanos, na promoção da dignidade da pessoa, no valor da vida”.

Lembrando que “todos os dias são bons para rezar pela paz” e que todos são “chamados a ser pacíficos e pacificadores”, considerou que “o ambiente franciscano é o mais indicado para rezar pela paz”. “Basta termos presente os encontros de Assis que escolhem este lugar exatamente por aquilo que ele tem, não apenas de simbólico, mas de apelo a sermos instrumentos da paz”, referiu, referindo-se aos encontros que têm sido promovidos pelos últimos papas naquela cidade italiana.

D. Manuel Quintas disse ainda aos presentes que são chamados a “crescerem na configuração com Cristo nos gestos, atitudes, na maneira como promovem e constroem a paz”. “A paz começa a ser construída por dentro. A paz que vem de fora e se impõe, às vezes é uma paz de faz-de-conta. Agora aquela que brota de dentro é geradora de harmonia”, afirmou, lembrando que “a paz é algo muito concreto e que tem a ver com todos e com todas as circunstâncias” da vida.