A assembleia-geral de acionistas da Águas do Algarve escolheu na terça-feira os novos órgão sociais da empresa, tendo aprovado o nome de Carlos Manuel Martins para presidir ao conselho de administração, como proposto pela Águas de Portugal, SGPS.
A reunião magna de acionistas realizou-se hoje na sede da empresa, em Faro, com a escolha dos órgãos sociais como único ponto da agenda, tendo sido eleito para presidir à mesa da assembleia-geral o presidente da Câmara de São Brás de Alportel, Vítor Guerreiro, segundo a informação avançada por fonte da empresa à Lusa.
A mesma fonte adiantou que, além de Carlos Manuel Martins, o conselho de administração da Águas do Algarve vai ser composto por Maria Isabel Fernandes da Silva Soares e Jorge Manuel Coelho da Silva Torres (vogais executivos) e pelos presidentes das Câmaras de Monchique, Rui André, e de Silves, Rosa Palma.
No parecer não vinculativo que divulgou na sua página sobre as nomeações, datado de 26 de junho, a Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública indica que Carlos Manuel Martins tem “experiência na gestão executiva” e conhece “muito bem o setor”, tendo também uma carreira no ensino superior.
Cada um dos dois vogais executivos foi descrito no relatório como “adequado com limitações”.
Para o conselho fiscal, os acionistas da Águas do Algarve elegeram a presidente da Câmara de Portimão, Isilda Gomes, como presidente, enquanto a comissão de vencimentos será presidida por Afonso José Marçal Grilo Lobato de Faria.
Estes nomes integravam a única lista concorrente aos órgãos sociais da Águas do Algarve, uma das cinco empresas que resultaram da reorganização territorial das operações de abastecimento de água e saneamento de águas residuais, promovida pelo grupo Águas de Portugal.
O Grupo Águas de Portugal (AdP) finalizou a reorganização territorial a 30 de junho, com o início de atividade de três novas empresas regionais responsáveis pela gestão dos sistemas multimunicipais de água e de saneamento, a do Norte, a do Centro Litoral e a de Lisboa e Vale do Tejo, que se juntaram às do Alentejo e do Algarve, as únicas que se mantiveram de um total de 19 existentes antes da reformulação.
“Com o início da atividade destas empresas, o Grupo AdP finaliza a reorganização territorial das suas operações de abastecimento de água e saneamento de águas residuais, agregando 19 empresas em cinco entidades gestoras à qual se junta a EPAL, designadamente: Águas do Norte, Águas do Centro Litoral, Águas de Lisboa e Vale do Tejo, cujo sistema será operado pela EPAL, Águas Públicas do Alentejo e Águas do Algarve”, referiu na ocasião a empresa.
Agora, a Águas do Algarve passa a contar com um conselho de administração eleito já depois de consumada a alteração.