Foto © Samuel Mendonça/Folha do Domingo

Claudine Pinheiro regressou no passado sábado à noite ao Algarve para um concerto de oração que teve lugar na igreja matriz de Albufeira.

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Aquela cantora que é uma referência na música católica em Portugal começou por explicar que aquele seria um “concerto de oração”. “Significa que vamos rezar a partir das músicas que vamos escutar, que vamos meditar, que vamos cantar”, afirmou Claudine Pinheiro, explicando que “as músicas são inspiradas na Bíblia”.

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Acompanhada por Valter Silva na guitarra, a cantora aproveitou para exortar à vivência da presente semana. “A Semana Santa é uma oportunidade para fazermos um zoom in aos gestos concretos de Jesus, aos gestos e às palavras que Ele tem na Última Ceia, no julgamento, na capacidade de ser fiel a tudo aquilo que foi a sua vida até aqui. Que a Semana Santa seja uma ocasião para nós dizermos a Jesus: «Eu quero ver-te mais de perto, quero ver-te face a face, Senhor. Quero que me abras os olhos e que me cures de tudo aquilo que me afasta de ti, de tudo aquilo que me cega, que me prende. Por amor, liberta-me». Que bom seria se na semana santa estivéssemos inteiros em cada celebração”, afirmou.

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Claudine abriu a noite com o tema “Tu és a água viva” do seu primeiro CD, “Água Viva”, editado em 2004 e reeditado um ano depois com músicas da irmã Glenda, religiosa chilena, e cantou mais 11 canções, sete do seu último álbum – “Até quando?” –, editado em 2015 e quatro do penúltimo – “Capaz de Ti” –, editado em 2008, que inclui quatro canções traduzidas e adaptadas do castelhano (Nico Montero/Brotes de Olivo).

O alinhamento musical teve início com “Cada manhã, Senhor” (Is 50, 4-5), seguindo-se “Eu queria ser como tu” (LC 6, 20-26), “Até Quando?” (Sl 13), “Fica, Senhor”, “No teu colo de Mãe” (Capaz de Ti), “Miserere” (Sl 50), “Na Tua morada” (Capaz de Ti), “Onde está a vossa fé?” (Lc 8, 22-25), “Com tudo o que sou” (Capaz de Ti) e “Na minha fraqueza” (Capaz de Ti). Ao encore pedido pelo pároco, respondeu com “Porque te ris?” (Gn 18, 13).

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No final daquela oração cantada, o pároco de Albufeira desejou a iniciativa tenha servido de mote para uma melhor vivência da presente Semana Santa. “Foi um momento foi muito profundo, intenso e, certamente, ajudou-nos a escutar, a refletir e a viver a palavra de outra maneira.

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Claudine Pinheiro tinha estado no Algarve no dia 25 de novembro passado. Antes tinha vindo ao Algarve em 2013, no âmbito da Jornada Diocesana da Juventude em Faro, e na última edição do Festival Jota, que em 2015 também se realizou em Faro.

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O concerto de oração de Claudine foi precedido pela atuação de um grupo da paróquia de nome ‘Clavis Dei’, formado há cerca de dois anos por elementos do Corpo Nacional de Escutas. O criador do grupo explicou que o nome significa “clave de Deus”, em português. “A clave define na música a nota que cantamos. Nós queremos que a nossa clave seja Deus e que nós possamos assim professar a nossa fé”, explicou Bruno Ferreira.

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O grupo, que para além das várias vozes, inclui quatro guitarras acústicas, uma guitarra elétrica, um pau de chuva e um cajon (caixa de percussão), interpretou temas de Tarcísio Morais e da banda Hillsong United.

Os fundos angariados com aquele concerto de oração reverteram para a catequese paroquial e para o Agrupamento 714 de Albufeira do Corpo Nacional de Escutas.