O descarrilamento de um comboio de passageiros na Estação de Tunes (Silves), com 35 vítimas, foi simulado no sábado com o objetivo de automatizar procedimentos e elaborar um Plano Prévio de Intervenção (PPI) para a Linha Ferroviária do Algarve.
“Estamos melhor preparados para responder a uma situação real”, declarou à Lusa Vaz Pinto, diretor das operações do “Tunes 2013”, um exercício pioneiro no distrito na linha ferroviária do Algarve, que foi executado por 154 operacionais e envolveu 13 entidades diferentes, designadamente GNR, INEM, Cruz vermelha Portuguesa, Câmara de Silves, através do Serviço de Proteção Civil, Refer, CP e seis corpos de Bombeiros.
O balanço do “Tunes 2013” foi “bastante positivo”, adiantou Vaz Pinto, salientando que a articulação entre as 13 entidades foi o ponto mais positivo das operações e que a partir de hoje estão as autoridades estão mais bem preparadas para “responder a uma situação real”.
“Temos que automatizar procedimentos para todas as entidades realizarem as suas competências”, acrescentou, referindo que o município de Silves também aproveitou para testar os seus procedimentos internos no âmbito da Proteção Civil.
Este exercício foi planeado e conduzido pelo Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Faro em parceria com a Rede Ferroviária Nacional (REFER), Comboios de Portugal (CP), CP Carga.
A simulação teve como teatro das operações o descarrilamento de um comboio de passageiros na estação de Tunes, com 35 vítimas, das quais houve três mortos e 11 feridos graves.
Este exercício vai ajudar a delinear o PPI, um plano que entra em vigor em 2014 e que será reformulado de dois em dois anos, porque é um “sistema sempre aberto”, explicou Vaz Pinto.
A linha de caminho-de-ferro no Algarve estende-se por 140 quilómetros e passa por 11 dos 16 municípios algarvios.