Foto © Samuel Mendonça

A Diocese do Algarve assinalou ontem, de forma simbólica, o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência.

A efeméride, consagrada pela convenção da ONU de 1998 sobre os direitos daquelas pessoas, foi evocada na eucaristia da paróquia da Sé de Faro pelo Serviço Diocesano Pastoral a Pessoas com Deficiência (SDPPD), após a qual teve lugar uma largada de pombos no largo da catedral.

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No final da celebração, explicou-se que “a data tem como principal objetivo a motivação para uma maior compreensão dos assuntos relativos à deficiência e a mobilização para a defesa da dignidade, dos direitos e do bem-estar destas pessoas”.

“E com os cristãos? E na nossa Igreja?”, interrogava o texto lido, que foi traduzido em língua gestual, lembrando que “o Serviço Pastoral a Pessoas com Deficiência, criado em 2010, resulta da vontade da Igreja em Portugal responder ao desafio de promover a inclusão das pessoas com deficiência”.

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Foi ainda lembrado que, a nível do Algarve, foi constituída há dois anos a equipa diocesana do Serviço Pastoral a Pessoas com Deficiência como “expressão duma Igreja que acolhe a todos”. “Porque somos todos filhos do mesmo Pai, queremos acolher, ajudar e integrar, para que todos, sem exceção, estejam unidos a Ele”, afirmou-se, observando que aquele serviço “tem por missão oferecer apoio e desenvolver iniciativas diocesanas e paroquiais que vão ao encontro das pessoas com deficiência e das suas famílias, em ordem a anunciarem a Boa Nova conscientes do papel que as pessoas com deficiência têm a desenvolver na Igreja e na sociedade”.

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“Este serviço quer impulsionar a diocese e, concretamente as paróquias, a boas práticas de acolhimento, tornando a Igreja uma casa inclusiva, mais rica. Quando nós temos uma comunidade que não tem toda a gente, ficamos mais pobres. É preciso sensibilizar cada um de nós para a riqueza que as pessoas com deficiência têm para dar, mas igualmente sensibilizar essas pessoas com deficiência. Elas têm que ter um papel ativo para fazer ouvir a sua voz”, acrescentou-se, apelando à necessidade de “quebrar barreiras físicas, arquitetónicas”, mas “principalmente as barreiras presentes nas atitudes e incluir todos”.

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A equipa do SDPPD desafiou ainda à urgência de “criar pontes, comunidades verdadeiramente acolhedoras”, “uma Igreja de e para todos”. “Este é o nosso principal objetivo”, sublinhou, deixando uma pergunta: “que Igreja queremos e para quem é?”.

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À saída da igreja foi entregue aos presentes uma mensagem com um pensamento sobre o tema.