Foto © Samuel Mendonça
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A Diocese do Algarve inaugurou no passado dia 19 deste mês uma exposição alusiva à pessoa e obra de D. Francisco Gomes do Avelar, bispo do Algarve entre 1789 e 1816.

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A mostra, realizada no âmbito do programa em curso para assinalar o segundo centenário da morte daquele prelado, está patente numa sala no claustro da Sé de Faro e intitula-se “Caminhando com D. Francisco Gomes pela Diocese do Algarve”.

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A exposição, que realça vários aspetos da sua personalidade e faz referência às principais obras do bispo, é composta ainda por vários escritos de ordem pastoral que fazem parte do arquivo da diocese algarvia. “A exposição expressa a personalidade de um devotado pastor entregue ao seu rebanho, ao seu bem espiritual e inserido numa realidade nova, dando-se conta de uma diocese carenciada também à dimensão humana e material”, explica ao Folha do Domingo o cónego José Pedro Martins, deão do Cabido Catedralício.

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No dia da inauguração da exposição, na eucaristia da solenidade da dedicação da Catedral de Faro, o bispo do Algarve, que presidiu à celebração, também se referiu ao seu antecessor. D. Manuel Quintas considerou D. Francisco Gomes do Avelar como “um dos maiores e mais qualificados pastores” da Igreja algarvia, “da qual esteve à frente durante 27 anos e de cuja ação beneficiou não apenas a Igreja do Algarve, mas também o então Reino do Algarve do qual foi na altura governador militar”. “Para além da sua ação pastoral exercida no contacto direto com as comunidades cristãs, destaca-se a sua ação empreendedora. A ele se deve, como sabemos, a construção do Seminário, a igreja de Nossa Senhora d’Alva de Aljezur, o Arco da Vila na cidade de Faro e foi também da sua responsabilidade a autorização para a construção do Hospital da Santa Casa da Misericórdia de Faro, para além de outros hospitais da região algarvia”, lembrou.

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“Que a celebração do aniversário da dedicação da catedral e do bicentenário da morte de D. Francisco Gomes do Avelar constitua para todos uma oportunidade para um maior crescimento da consciência da Igreja de «pedras vivas» que todos constituímos em vista de um serviço corresponsável à nossa Igreja diocesana e ao povo algarvio”, desejou D. Manuel Quintas.

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A exposição com entrada livre (apenas para a exposição), cuja visita poder ser feita de segunda a sexta-feira das 10 às 18h, ficará patente até dezembro deste ano.

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No dia 19 realizou-se ainda na Sé de Faro, um concerto pelo Coral Ossónoba acompanhado pelo órgão histórico da catedral que comemorou 300 anos, sendo interpretada a “Missa da Coroação” de Mozart.