A Diocese do Algarve promoveu no passado dia 10 deste mês, o Jubileu dos Acólitos, sob o lema “Peregrinos de Esperança”.

O acontecimento, promovido através do Centro Diocesano de Acólitos (CDA),  teve lugar na paróquia de Olhão e reuniu cerca de 90 participantes, para além daquela comunidade, oriundos também das paróquias de Armação de Pêra, Lagos, Loulé, Matriz de Portimão, Moncarapacho, Pechão, Quelfes, Santa Bárbara de Nexe, São Brás de Alportel, São Luís e São Pedro de Faro.

O Jubileu iniciou-se com a oração da manhã, onde os acólitos algarvios foram desafiados a realizar um “gesto de esperança”, seguido da visualização de um documentário sobre São Paulo, intitulado “Apóstolo e Peregrino da Nova Esperança”.

Depois do almoço, que contou com a presença do bispo do Algarve, D. Manuel Quintas, e do diácono Bruno Valente, que será ordenado presbítero no próximo dia 8 de junho, seguiu-se um momento de esclarecimento de dúvidas sobre os ministérios episcopal e sacerdotal.

D. Manuel Quintas lembrou aos acólitos que “ser capaz de amar o outro, mesmo que seja difícil, é o mais importante em qualquer das funções”.

O diácono Bruno Valente resumiu a história da sua vocação ao sacerdócio e a importância que ser acólito teve nessa caminhada. “A minha vocação, a história de Deus comigo também começou quando era acólito”, referiu, explicando que a vontade de ser acólito surgiu pela “imensa curiosidade em saber o que é que se passava no altar” durante a celebração da Eucaristia.

“Entrei para a escola de acólitos, fiz alguma formação e comecei a perceber algumas coisas que aconteciam no altar e, a partir daí, a perceber que era Jesus que estava ali na Eucaristia. Foi a partir desse encontro como acólito que passei a achar que Jesus tinha alguma coisa para me dizer e comecei a falar com Ele e a perguntar-lhe: «Jesus, o que é que tu queres de mim?»”, contou, aconselhando cada um a “ouvir e estar atento”. “Às vezes, Deus fala baixinho para que o escutemos com ainda mais atenção”, justificou.

A tarde prosseguiu com a visita ao Museu Municipal de Olhão, onde os participantes foram acolhidos e desafiados a embarcar numa dinâmica pelas ruas da cidade: um peddy-paper inspirado nas lendas e na história da cidade «cubista». À medida que desvendavam pistas, os grupos recebiam peças e fitas de um puzzle coletivo, montado no final da atividade.

O dia culminou com a Eucaristia, presidida pelo bispo do Algarve. “A Igreja e a Eucaristia tornam-se mais belas com a vossa disponibilidade e entrega. […] É no acolitado que, muitas vezes, nascem as vocações”, referiu D. Manuel Quintas.

No final da celebração, a equipa do CDA entregou uma cruz jubilar a cada grupo ou associação de acólitos presente, como sinal de comunhão e missão partilhada.

O acólito (termo de origem grega que significa “acompanhar” ou “seguir”) ajuda o clero católico no serviço do altar, podendo também ser solenemente instituído, o que acontece no âmbito da formação para o sacerdócio.

A Igreja Católica está a celebrar neste ano de 2025, o 27.º jubileu ordinário da história, por iniciativa do Papa Francisco, que o dedicou ao tema da esperança.