Está a decorrer desde ontem no Seminário de Viseu o 60º Encontro Nacional de Catequese.

Na iniciativa, sob o tema “Catequese em Portugal: desafios e conversão pastorais”, que conta com a participação de cerca de nove dezenas de responsáveis em representação das dioceses portuguesas, a Diocese do Algarve está representada pela coordenadora do Setor Diocesano da Catequese da Infância e Adolescência (SDCIA) (que é também a diretora do Departamento Nacional da Catequese), irmã Arminda Faustino, pelo diretor do Secretariado Diocesano da Catequese, padre Pedro Manuel, e pelos membros SDCIA Helena Gonçalves, irmã Leonor Bernardino e Madalena Martinho.

Ontem, no início dos trabalhos que decorrem até amanhã, o presidente da Comissão Episcopal da Educação Cristã e Doutrina da Fé disse aos responsáveis pela catequese em Portugal que “a missão da Igreja é a da evangelização” e que “o encontro com Jesus Cristo” só é possível com uma “catequese querigmática”.
“Sois os formadores dos formadores de catequistas em cada diocese. O catequista é mestre, educador e testemunha de Jesus. O desafio para a catequese de hoje requer uma preparação cada vez maior da parte dos nossos catequistas. Precisamos formar catequistas com a identidade cristã bem definida”, afirmou D. António Moiteiro.
Segundo o portal Educris, aquele responsável lembrou que “ser catequista é a resposta a um chamamento sentido no coração e que impele a falar de Jesus, e a ajudar outros a aproximar-se deles”.
Hoje, o dia iniciou-se com o tema “Ser Catequista: o catequista e a sua missão”, trazido à reflexão por Isabel Oliveira, responsável pela catequese da Diocese do Porto, e pelo padre Tiago Neto, diretor do Setor da Catequese do Patriarcado de Lisboa.

Os representantes da Diocese do Algarve participaram ainda num painel animado também por membros das catequeses das dioceses de Aveiro e Viseu, sob o tema “A receção do ‘Ser Catequista’ e os desafios da sua concretização”, que abordou a formação inicial para catequistas que substituiu o antigo ‘curso de iniciação catequética’ que vigorou durante cerca de 25 anos.

O padre Pedro Manuel explicou que este percurso é um “itinerário formativo” e, por isso, “diferente de um curso”. “É um caminho”, sustentou, explicando que desde 2020 a formação foi realizada já por “quase um quarto dos catequistas” da diocese algarvia.
O diretor do Secretariado da Catequese da Diocese do Algarve falou de uma “experiência de fé que se partilha para levar outros a fazer caminho”. “Tem surpreendido os participantes porque percebem que não estão apenas diante de uma proposta formativa do saber pelo saber, mas de uma proposta de crescimento na fé e proximidade com o Senhor”, acrescentou.
O sacerdote lembrou que o Algarve foi uma das dioceses onde foi feita, em 2019/2020, a experiência-piloto para um novo itinerário de formação inicial para catequistas e os manuais foram apresentados a nível nacional no final do ano pastoral seguinte: 2020/2021. A diocese algarvia participou depois com 10 catequistas nos 12 encontros nacionais online para formação de formadores do novo projeto. Em 2020/2021, a Diocese do Algarve realizou logo uma formação em ambiente digital e, em fevereiro do ano passado, voltou a promover a formação. A Diocese do Algarve está neste momento a realizar mais uma edição da formação.
Aquele responsável considerou ainda que os “desafios” ao catequista passam por “levar a uma profunda experiência de oração e encontro a partir de cada catequese”.
Esta tarde decorreu a terceira conferência dos trabalhos, subordinada ao tema “Itinerário de iniciação à vida cristã das crianças e dos adolescentes com as Famílias: a beleza do anúncio” e que contou com o contributo da irmã Isabel Martins, da catequese de Lisboa, e pelo padre José Henrique Pedrosa, diretor do Serviço Diocesano de Catequese de Leiria-Fátima.
Os responsáveis do Secretariado Nacional da Educação Cristã e da Salesianos Editora vão, ainda, dar conta do andamento dos trabalhos, da parceria que tem em vista os novos recursos catequéticos em elaboração.
O dia termina com a Eucaristia, presidida por D. António Luciano, bispo de Viseu, na Sé da cidade.
com Educris