Faleceu a irmã Andreia Berta, de 82 anos, que trabalhou na Diocese do Algarve durante cerca de 30 anos.
A religiosa, da comunidade algarvia do Instituto Missionário Filhas de São Paulo (paulinas), faleceu hoje por volta das 2h na Casa Provincial em Lisboa, vítima de doença prolongada do foro oncológico.
Natural do Brasil, onde nasceu em 1939, a irmã Andreia Berta realizou os seus votos de consagração a 30 de junho de 1961 e veio trabalhar para Portugal há 50 anos. Precisamente em 1971 começou a vir ao Algarve. De 1971 a 1980, as irmãs paulinas trabalharam na diocese e colaboraram na livraria na rua do Município, em Faro, que então era gerida pela Igreja algarvia e que em 1996 passou a sê-lo por aquela congregação.
As religiosas iniciaram o trabalho na livraria no ano de 1972, mas apenas duraria quatro anos. No entanto, as irmãs continuaram a residir na rua de São Pedro, em Faro, e a realizar as suas missões nas paróquias algarvias até deixarem aquela residência em 1980, saindo então do Algarve. As irmãs paulinas, incluindo a irmã Andreia Berta, passaram depois a vir de Lisboa apenas no verão para as semanas bíblicas, ficando alojadas no Seminário de Faro.
Em 1995, por proposta de D. Manuel Madureira Dias, então bispo do Algarve, regressaram à diocese para reabrir a livraria que, depois de obras, seria inaugurada no dia 25 de janeiro de 1996. A irmã Andreia Berta regressaria ao Algarve passados dois anos da reabertura da livraria, combateu uma doença oncológica há cerca de 13 anos, celebrou 50 anos de vida consagrada a 30 de junho de 2011 e esteve na diocese até há três anos, altura em que voltou a adoecer.
O bispo do Algarve já manifestou a sua “tristeza” pela morte da irmã Andreia Berta. “Nesta madrugada, o Senhor da Vida, chamou-a para celebrar o seu verdadeiro Natal no céu”, escreveu D. Manuel Quintas em informação enviada ao clero e às consagradas a trabalhar na diocese, considerando que a falecida “foi uma grande apóstola no Algarve, verdadeira seguidora de São Paulo”. Citando São Paulo, o bispo diocesano concluiu referindo que “a vida não acaba, apenas se transforma”.
O funeral da irmã Andreia Berta será realizado amanhã, 18 de dezembro, em Lisboa, em hora ainda a definir, e o seu corpo será sepultado no Cemitério do Alto de São João em jazigo da comunidade paulina.