
A nova Junta Regional do Algarve do Corpo Nacional de Escutas (CNE) decidiu criar mais duas equipas regionais para além das habituais para as quatro secções etárias escutistas, uma ligada ao método escutista do programa educativo e outra para trabalhar a inclusão de elementos com necessidades educativas especiais.
A secretária regional pedagógica explicou ao Folha do Domingo que esta última equipa é constituída por três pessoas com formação na área da deficiência. “Um dos trabalhos dessa equipa vai ser fazer o apuramento de quantos miúdos temos com estas necessidades, que tipo de necessidades têm e em que agrupamentos estão”, adiantou Vanda Brazona, explicando que neste momento a Junta Regional do Algarve não tem ainda esse levantamento feito.
Aquela responsável garante que a vontade de que crianças com necessidades especiais pertençam ao movimento “é muita”, mas constata que “muitos agrupamentos estão a não aceitar porque não estão preparados”. “Nós compreendemos porque é preferível não aceitar do que aceitar e não poder fazer nada com elas”, acrescenta, certa de que a nova equipa será “uma mais valia para a região”. “Temos que ajudar os agrupamentos para que eles consigam receber estes miúdos e não tenham medo”, sustenta, explicando ser preciso demonstrar aos agrupamentos que existe uma equipa regional que os apoia nesse trabalho.
“Que oportunidades educativas podemos dar a estes miúdos?”, questiona Vanda Brazona, lembrando que o programa educativo do CNE “está preparado para isso” e que a integração de elementos com necessidades educativas especiais está contemplada no projeto “Escutismo para todos”, lançado em 2018. Aquela dirigente acrescenta ser preciso pensar e analisar de que modo poderão ser trabalhadas as oportunidades educativas para estas crianças.
O CNE, fundado no Algarve em 1932 pelo cónego José Augusto Vieira Falé, conta atualmente com 35 agrupamentos num total de quase 2.400 elementos.