Há 10 anos, no dia seguinte à eleição de Francisco, já o bispo do Algarve destacava os primeiros sinais de um “estilo próprio” e considerava que o novo Papa marcaria pela “simplicidade, radicalidade evangélica e autenticidade de vida”.

Numa entrevista por escrito à agência Lusa, D. Manuel Quintas mostrava-se surpreendido pelo facto de os cardeais terem chegado a um “consenso em pouco mais de 24 horas”, mas também pelo pontífice ter sido escolhido “fora do âmbito geográfico da Europa” e por ter adotado o nome de Francisco, “com tudo o que este nome evoca de simplicidade, radicalidade evangélica e autenticidade de vida”.

“Francisco I, através desta opção pessoal, unida aos gestos e à linguagem assumidos na primeira intervenção perante a cidade de Roma e o mundo, disse-nos qual é o programa pessoal e pastoral com que pretende inspirar o seu ministério como sucessor de Pedro”, referia o bispo diocesano.

D. Manuel Quintas intuía que o “estilo próprio” que Francisco começava a revelar: “um estilo profundamente evangélico que pretende imprimir a toda a Igreja”.

O bispo do Algarve acrescentava que Francisco iria empenhar-se em “corresponder a este primeiro desafio, com a coragem e a fidelidade que lhe estão inerentes”, esperando envolver igualmente a Diocese do Algarve e cada uma das suas comunidades.

D. Manuel Quintas mostrava-se convicto de que o Papa Francisco surpreenderia, “sem se sujeitar a comparações, aproveitando certamente o testemunho específico dos seus antecessores, mas afirmando o seu modo próprio de exercer o ministério petrino a que foi chamado”.

O cardeal Jorge Mario Bergoglio foi eleito como sucessor de Bento XVI a 13 de março de 2013, após a renúncia do Papa Bento XVI, assumindo o inédito nome de Francisco; é também o primeiro Papa jesuíta na história da Igreja.

Bispo do Algarve considera que novo Papa marcará pela “simplicidade, radicalidade evangélica e autenticidade de vida”

Francisco I: Cardeal Jorge Bergoglio é o novo Papa