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Foto © Samuel Mendonça

O provedor da Santa Casa da Misericórdia de Faro afirma que “a sustentabilidade financeira da instituição é uma das grandes preocupações”.

José Candeias Neto disse, no passado dia 15 deste mês, haver “valências sociais sem acordo de cooperação com a Segurança Social” que “deixam prejuízos significativos”. “Há outras valências de apoio aos mais desafortunados da sociedade – designadamente o Refeitório Social, a Loja Social, os balneários –, que também não beneficiam de qualquer apoio estatal”, sustentou, explicando que “outrora as fontes de receita provinham do património imobiliário, dos donativos e de doações do voluntariado”, mas “hoje o mesmo património gera poucas receitas”.

Na cerimónia de lançamento da primeira pedra do futuro lar de idosos da instituição, aquele responsável explicou que “alguns dos prédios estão degradados e os custos das obras de reparação são avultosos e as rendas de valor insignificante”. “Os donativos e doações ainda se mantêm, mas são incertos”, acrescentou, considerando que “as horas de trabalho exercidas pelos titulares dos órgãos de gestão em regime de voluntariado produzem a grande riqueza” da instituição.

O provedor explicou ainda que “os custos relativos ao pessoal ultrapassam no próximo ano os 2,7 milhões de euros”, num quadro de pessoal de 260 trabalhadores, incluindo os avençados.

“Perante este cenário socioeconómico e financeiro, o órgão de gestão irá lançar um novo olhar com vista a desenvolver iniciativas inovadoras além das suas áreas tradicionais de atuação”, afirmou, sem especificar quais serão essas diligências.

Para além das valências referidas pelo provedor a Santa Casa da Misericórdia de Faro tem ainda a funcionar três lares de idosos, dois infantários, um centro de atividades de tempos livres, um serviço de apoio domiciliário, um centro de dia, uma cantina social, uma loja social, uma unidade de cuidados continuados e uma escola profissional.