Seminário e Secretariado da Pastoral Vocacional da Diocese do Algarve retomam plano de atividades

Após os últimos dois anos de pandemia, o Seminário de São José e o Secretariado da Pastoral Vocacional da Diocese do Algarve articularam no início deste mês o desenvolvimento de um programa conjunto “que pretende colocar novamente a questão e o discernimento vocacional no dia-a-dia” dos adolescentes e jovens.

A colaboração entre as duas entidades diocesanas vinha sendo trabalhada com a vantagem de o reitor do Seminário e de o diretor do Secretariado Diocesano da Pastoral Vocacional serem a mesma pessoa. Na informação enviada às paróquias, a que o jornal Folha do Domingo teve acesso, o padre António de Freitas refere que o “dinamismo” que o Pré-Seminário e as ações da pastoral vocacional “vinham a adquirir, sofreram bastantes dificuldades” com o contexto pandémico. “Foram várias as tentativas para reatar os encontros e os acompanhamentos pessoais”, lembra.

O sacerdote acrescenta que o “intenso programa” agora divulgado visa colocar a dimensão vocacional “no pensamento, no coração e na oração” dos destinatários e recorda que alguns pontos programáticos devem ser compreendidos “como parte do Biénio Vocacional que está a ser desenvolvido conjuntamente entre as dioceses da Província Eclesiástica de Évora”.

O programa em causa contempla três âmbitos de ação. Desde logo as ações do Pré-Seminário só para rapazes adolescentes do 7º ao 12º ano e a rapazes jovens do 10º ao 12º ano e os encontros vocacionais para rapazes e raparigas a partir do 10º ano, mas também o acompanhamento pessoal de rapazes a partir do 12º ano de escolaridade e a constituição de uma rede paroquial para o trabalho vocacional conjunto.

Os encontros vocacionais e do Pré-Seminário já tiveram início e vão continuar a decorrer conforme programa abaixo.

Relativamente ao acompanhamento pessoal a partir do 12º ano, aquele responsável adianta que se pretende “empreender um maior esforço no acompanhamento pessoal, indo ao encontro dos jovens nas próprias localidades onde vivem, estudam e/ou trabalham (especialmente a partir do 12º ano)”. “Nos últimos tempos notámos que esta mudança de ação tem resultado”, refere, pedindo aos párocos que observem “sinais vocacionais” e informando que, sendo necessário um “acompanhamento vocacional pessoal”, estarão disponíveis para isso, ficando o padre Samuel Camacho “totalmente destacado para essa missão, a qual já está em curso com o acompanhamento de alguns jovens.

O reitor do Seminário explica ainda que a constituição da rede vocacional pretende oferecer formação e “outros elementos oportunos”, aos agentes da pastoral vocacional das várias paróquias, “em vista a desenvolver um trabalho conjunto (encontros, catequeses, orações, temáticas, atividades, vindas ao seminário, etc)”. “Contudo, o primeiro grande passo consiste em cada paróquia ter pelo menos um leigo ou um conjunto de leigos (onde se deve incluir jovens) responsáveis pela dinamização vocacional”, clarifica, pedindo a cada pároco que “faça chegar essas informações por email, por correio ou entregando em mão até ao final deste mês com: paróquia, nome, idade e contactos”. “Após essa informação, o passo seguinte será encontrar-nos com estes responsáveis por vigarias ou por conjuntos de paróquias mais próximas, a fim de os escutar e propor um trabalho conjunto”, conclui.