A visita dos símbolos da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) ao Destacamento Territorial de Silves da Guarda Nacional Republicana (GNR) permitiu àquela força de segurança unir-se à Igreja Católica em torno de valores como a paz e a união, comuns às duas instituições.

Foto © Samuel Mendonça/Folha do Domingo

Isso mesmo confirmou ao Folha do Domingo o comandante daquele Destacamento Territorial que abrange os postos territoriais de Armação de Pêra, Silves, São Bartolomeu de Messines, Lagoa e Carvoeiro. O tenente Tiago Silva disse que o convite endereçado pelo pároco de Silves para aquela iniciativa foi aceite “com muito gosto”. “Dissemos logo que seria com toda a honra que receberíamos o ícone de Nossa Senhora e a cruz”, contou.

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“Pelo facto de estes símbolos terem passado pelo nosso quartel, assim que a JMJ 2023 se desenvolver em Lisboa e que estes militares se apercebam da presença destes objetos vão entender melhor a dimensão daquilo que acabou de acontecer aqui”, sustentou aquele responsável.

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O pároco de Silves, que confessou estar “mesmo muito feliz”, lembrou no início do momento de oração que aqueles símbolos “têm uma grande importância porque foram confiados pelo Papa João Paulo II aos jovens, mas não para os jovens”. “Foram confiados aos jovens para que eles os levassem a todo o mundo como sinal de amor, de paz, de unidade”, explicou o padre Nelson Rodrigues.

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O sacerdote considerou aquela visita um momento para ajudar a GNR a aprofundar o conhecimento do povo a quem serve. “Que possamos conhecer o povo português para o servir ainda melhor. E conhecer o povo português implica conhecer a sua história e conhecer a sua simbólica. Estamos a prestar um bom serviço como GNR quando procuramos ter presente os símbolos do povo português e respeitar esses símbolos. Não nos é indiferente que a nossa Europa nasceu e desenvolveu-se à volta dos valores cristãos. O mesmo acontece à história de Portugal. O nosso país na sua história e nos seus valores é um país cristão”, afirmou.

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O padre Nelson Rodrigues, que presidiu ao momento de consagração daquela força militar a Nossa Senhora, convidou ainda os guardas a assinar o livro da passagem dos símbolos pelo Algarve. Presente esteve também o tenente-coronel Carlos Almeida, comandante do Comando Territorial de Faro da GNR.

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O Destacamento Territorial de Silves da GNR conta com um contingente de cerca de 145 militares e em Silves estiveram cerca de 20 representantes de todos os seus postos territoriais e de núcleos tão distintos como o de investigação criminal, proteção do ambiente ou policiamento de proximidade.

Os símbolos da JMJ estão a percorrer o Algarve até ao dia 27 de novembro, segundo um itinerário que já divulgado. Naquele dia serão levados até Mértola, onde serão entregues aos representantes da vizinha Diocese de Beja.

A Cruz da JMJ foi entregue pelo Papa João Paulo II aos jovens em abril de 1984 e marcou o início de uma peregrinação da juventude de todo o mundo; em 2000, o mesmo pontífice confiou aos jovens uma cópia do ícone de Nossa Senhora ‘Maria Salus Populi Romani’.