
No passado domingo várias foram as peregrinações a pé que convergiram de freguesias e concelhos vizinhos para a Festa Grande de Nossa Senhora da Piedade, popularmente evocada como Mãe Soberana, em Loulé.

Folha do Domingo foi ao encontro de um grupo de 23 peregrinos que também não se deixou intimidar pelo tempo chuvoso e saiu bem cedo de São Brás de Alportel, após a celebração de bênção matinal, presidida pelo pároco local, o padre António Farias Antunes, no adro da igreja paroquial.

Sílvia Dias, a organizadora da iniciativa, natural e residente em Faro, é peregrina habitual desta e de outras peregrinações a outros santuários portugueses como a que costuma sair de São Brás em direção a Fátima. Participou nesta mesma peregrinação a Loulé há três anos e desde então tem promovido anualmente a iniciativa sempre no contexto da Festa Grande. “Gostava que um dia se transformasse realmente numa tradição”, confessou ao Folha do Domingo, explicando que o mais determinante da peregrinação é ser uma iniciativa de caráter mariano. “A Mãe é a Mãe, seja a Mãe Soberana ou a Nossa Senhora que for”, refere.

Sílvia Dias destaca também que a principal caraterística da peregrinação é ser espontânea, sem inscrições prévias. “Temos tido sempre a bênção da chuva neste dia, o que acho que diminui um bocadinho a quantidade, mas aumenta a qualidade porque, normalmente, com a chuva só vem mesmo quem tem muita vontade de vir”, observou, explicando que a maioria dos participantes deste ano eram de São Brás de Alportel e apenas três eram de Faro.

No domingo, os peregrinos saíram de São Brás pela Estrada Nacional 2 em direção a Alportel, para tentarem evitar outras vias com mais trânsito. Antes de Alportel cortaram à esquerda em direção a São Romão pela Estrada Nacional 270 que os levou depois até Loulé. Em São Romão fizeram a primeira paragem para abastecimento a partir do carro de apoio que os acompanhou no percurso de cerca de 14 quilómetros. À chegada a Loulé, ainda antes do meio-dia, almoçaram a merenda que cada um levou.
No domingo, para além deste grupo saíram também em direção a Loulé outros oriundos da paróquia de Boliqueime, da paróquia de Quarteira (com um grande número de participantes de crianças da catequese) e da união de freguesias de Querença, Tor e Benafim.