A vigília vocacional para jovens universitários e trabalhadores, que teve lugar esta noite na pequena igreja de São Lourenço de Almancil, ficou marcada pela interpelação deixada aos cerca de 70 participantes de vários pontos do Algarve.

Foto © Samuel Mendonça/Folha do Domingo
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“Há uma Igreja e há um mundo à vossa espera. E Ele [Jesus] quer enviar-nos a todos para sermos transformadores deste mundo e desta Igreja com alegria, entusiasmo e com aquilo que é próprio dos jovens”, afirmou o padre António de Freitas, que presidiu àquela oração.

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Na iniciativa, promovida em parceria com o Setor da Pastoral Universitária e com o Secretariado da Pastoral Vocacional da Diocese do Algarve e que consistiu numa noite de adoração eucarística, o sacerdote deixou um desafio aos presentes. “Colocando os olhos n’Ele [Jesus], gostava que se deixassem interpelar por duas ou três coisas: o que é que Jesus espera mim, que aconteça na minha vida para que eu encontre a felicidade? Em quem é que nós esperamos?”, propôs, aludindo a um eventual compromisso na comunidade, à vida sacerdotal ou consagrada ou no matrimónio.

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“Quando pensarem nos desafios da vida, não pensem só em vocês. Quando Jesus vos desafiar não pensem só na vossa vida. Pensem na bênção que a vossa vida pode ser para tantos. Que o Senhor nos ajude a, com Ele, ultrapassar os medos, a nos oferecermos ao Pai e a querermos fazer a diferença na vida dos outros”, apelou.

Foto © Samuel Mendonça/Folha do Domingo
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Na vigília que teve início com os participantes de olhos vendados, o sacerdote pediu-lhes ainda que vençam o “medo de dar o passo, de arriscar”. “O medo acanha-nos. Não queiram ser gente atrofiada, nem aceitem que se imponha isso nas vossas vidas”, pediu, considerando que o “grande medo” é o de ficar “sempre sozinhos”. “Nunca estamos sós. Ele [Jesus] está connosco, nunca nos abandona, ama-nos sempre e quer contar com cada um de nós para que, na resposta ao Evangelho, transformemos a Igreja e o mundo”, prosseguiu, desafiando os jovens a desvalorizarem o que os outros pensam deles. “Um dos grandes fatores dos nossos medos é o que é que os outros pensam de mim. Borrifem-se para os outros. Só Ele importa porque Ele nunca nos acusa, nunca nos condena e não nos ama somente quando a gente lhe faz a vontade. Temos de confiar mais n’Ele, um bocadinho menos em nós e muitíssimo menos nos outros”, afirmou, pedindo ainda aos jovens “que desacomodem e que incomodem também”.

Foto © Samuel Mendonça/Folha do Domingo
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Na vigília, em que os jovens foram convidados a participar na Jornada Diocesana da Juventude (JDJ) que este sábado tem lugar em Almancil, o padre António de Freitas exortou os que aceitem o convite a viverem-na como “uma alavanca para os dias que vêm a seguir”. “O que é que Jesus me está a pedir que leve desta noite ou do dia de amanhã para os dias e semanas seguintes? É isso que devemos buscar numa Jornada da Juventude”, afirmou.

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A JDJ, anualmente assinalada na solenidade de Cristo-Rei, no último domingo do ano litúrgico, destina-se a jovens entre o 10º ano de catequese e os 30 anos de idade e seus animadores. A atividade, que este ano tem como tema “Alegres na esperança” (cf. Rm 12, 12), terá início, pelas 9h30, na igreja paroquial de Nossa de Fátima de Almancil e terminará, pelas 22h30, com uma ceia, após a Eucaristia que será presidida pelo bispo do Algarve, pelas 21h.