Lagarta_pinheiroA Câmara de Albufeira está a instalar ninhos em jardins públicos e escolas para tentar atrair chapins, pássaros que se alimentam da lagarta do pinheiro, uma forma biológica de controlar a proliferação da processionária.

Segundo o vice-presidente da autarquia, José Carlos Rolo, a processionária (conhecida como lagarta do pinheiro) é uma ameaça para a saúde pública devido à ação urticante dos seus pelos, que podem provocar reações alérgicas na pele, nos olhos e no aparelho respiratório.

Os ninhos artificiais para atrair os chapins começaram a ser instalados em novembro nos pinheiros de algumas escolas e jardins públicos de Albufeira, mas a autarquia espera, numa primeira fase, instalar cerca de 40 ninhos, a fim de se evitar o abate dos pinheiros.

“É um processo longo, em que temos de ser muito pacientes”, admitiu aquele responsável, sublinhando que ainda não se sabe se a experiência vai ter sucesso, devendo haver resultados mais concretos durante a primavera, que é também a época em que surgem as lagartas.

Uma das ideias da autarquia é que, nas escolas, o projeto conte também com a participação dos alunos, convidados a registar num caderno as movimentações das aves, embora esteja também a ser equacionada a instalação de câmaras de microfilmagem para monitorizar a situação.

A processionária é um inseto desfolhador dos pinheiros e cedros que pode, em determinados estádios do seu desenvolvimento, provocar danos nas árvores e graves problemas de saúde em humanos e animais domésticos, quando se situam perto de locais habitados ou frequentados pela população.

O projeto resulta de uma parceria entre os serviços de Ambiente, Higiene Urbana e Espaços Verdes e o Parque Natural da Ria Formosa.

Os estabelecimentos de ensino, hoteleiros ou outros interessados em aderir ao projeto devem contactar aqueles serviços da Câmara de Albufeira.