
O presidente da Cáritas Diocesana do Algarve, Carlos Oliveira, reuniu-se com os presidentes das Câmaras de Portimão e Monchique com o objetivo de apresentar o projeto de apoio da Cáritas Portuguesa às vítimas dos incêndios do último verão.
De acordo com os dados recolhidos, terão ardido nos dois concelhos algarvios cerca de 4.000 hectares, entre arvoredo e mato, “não se registando qualquer dano em habitações”. Recorde-se que o fogo que deflagrou no início do mês passado em Monchique progrediu para sul, tendo entrado no concelho de Portimão. O combate ao incêndio que chegou a ter três frentes foi dificultado pelas condições atmosféricas, nomeadamente o vento forte que fustigou a zona e os difíceis acessos e no local estiveram cerca de 700 operacionais e agentes de proteção civil, 219 meios técnicos, 16 máquinas de rasto e nove meios aéreos.
A Cáritas do Algarve explica, em relatório das reuniões realizadas a 29 de setembro (em Portimão) e a 4 deste mês (em Monchique), ao qual Folha do Domingo teve acesso, que em Monchique se registaram “algumas perdas” na apicultura, embora sem necessidade de qualquer medida de apoio, “uma vez que os proprietários demonstram capacidade para as repor”. O autarca de Monchique, Rui André, apresentou a necessidade de apoio ao nível de equipamento de pequena monta, como bombas de água ou tubagem para encaminhamento das águas e rega. Segundo, a Cáritas estes apoios rondarão os 2.500 euros por família.
A presidente da Câmara de Portimão, Isilda Gomes, apresentou a necessidade de “ajudar alguns produtores de gado com forragem para os animais, caprinos e/ou bovinos”. Na reunião, em que participou também a presidente da Cáritas Paroquial da Matriz de Portimão, a Cáritas algarvia informou da necessidade de realização de um levantamento das necessidades, por forma a que o respetivo relatório foi feito tendo em conta o tipo de gado, idade e raça.