Foto © Samuel Mendonça/Folha do Domingo

O Conselho da Pastoral Juvenil da Diocese do Algarve voltou a reunir no passado sábado para continuar a reflexão estimulada por um conjunto de 10 questões que já tinha sido iniciada no primeiro encontro ocorrido no dia 13 de outubro passado.

Daquele encontro inicial, tal como acontecerá agora, resultou a elaboração de um memorando, enviado às principais estruturas da diocese, que pretende ser um contributo para a programação da ação pastoral diocesana.

Neste sentido, foi mesmo pedido que estes documentos sejam dados a conhecer ao Conselho Diocesano de Pastoral, um dos órgãos consultivos da diocese que tem como objetivo aconselhar o bispo em relação à vida pastoral da Igreja local. “Seria interessante corrigir alguns erros que fomos detetando nestes dois conselhos na hora de programarmos o terceiro ano [do Programa Pastoral da diocese]”, afirmou o assistente do Setor da Pastoral Juvenil da Diocese do Algarve na reunião que voltou a contar também com representantes do Corpo Nacional de Escutas, do Centro Diocesano de Acólitos e do Movimento dos Convívios Fraternos.

Foto © Samuel Mendonça/Folha do Domingo

A estes, que já tinham participado na assembleia de outubro passado, juntaram-se agora os do Setor da Pastoral Familiar da Diocese do Algarve e do Movimento dos Focolares, conforme desejo saído da anterior reunião.

O assistente do Setor Diocesano da Pastoral Juvenil (SDPJ) voltou a alertar para a necessidade de concretizar a prioridade preconizada no Programa Pastoral em curso. “A questão da família, juventude e vocações aparece no anuário, mas é possível passarmos um ano inteiro sem que realmente seja uma prioridade na nossa pastoral diocesana”, advertiu o padre Nelson Rodrigues.

Aos representantes daquele setor, do Corpo Nacional de Escutas, do Centro Diocesano de Acólitos e do Movimento dos Convívios Fraternos, que já tinham participado na assembleia de outubro passado, juntaram-se agora os do Setor da Pastoral Familiar da Diocese do Algarve e do Movimento dos Focolares, conforme desejo saído da anterior reunião.

“Como vivem os jovens as suas relações, a amizade e o namoro? E como podemos ajudá-los a adotarem uma conduta cristã? A vocação de especial consagração encontra-se no horizonte de um jovem? Que avaliação fazemos do trabalho realizado com os jovens? Como avaliamos o acompanhamento que a Igreja (clero e leigos) faz aos jovens? Que lugar ocupam os jovens na Igreja? É o suficiente? O que é que devemos mudar? É o que é que falta ao Setor Diocesano da Pastoral Juvenil para que o seu trabalho seja eficaz? Que ideia tem o jovem da Igreja diocesana? E o que é que podemos fazer para a mudar?”, foram algumas das perguntas que motivaram a reflexão dos conselheiros que se reuniram desta vez em Silves, no salão paroquial.

A título de exemplo, e no âmbito do inquérito levado a cabo pelo SDPJ no último verão, o padre Nelson Rodrigues assegurou que “a vocação está a aparecer no coração de todos”. “Os jovens que responderam ao inquérito disseram alguns que se questionam sobre a vocação e outros que já se questionaram”, adiantou, acrescentando que “também uma taxa significativa de respostas mostra que nem todos pensam casar, mas pensam em constituir família”.

Como resposta a todas estas interrogações, o conselho apontou a importância central da descoberta de Jesus na vida dos jovens. “Estamos a ter muita dificuldade em que esse acontecimento iluminador na vida de uma pessoa, aconteça”, concluiu-se.

Foto © Samuel Mendonça/Folha do Domingo

A “falta de espiritualidade” e a necessidade da “formação humana” que a alicerce, a importância de um “acompanhamento próximo e pessoal” que torne eficaz uma “rede de contatos” para partilha da informação e a necessidade de renovação na Igreja com a responsabilização dos jovens, foram alguns dos pontos mais debatidos, para além da questão da consciência da pertença a uma Igreja diocesana e de constituição da mesma, bem como da unidade e da transversalidade da pastoral da juventude.

Uma das propostas concretas saídas da assembleia do conselho foi a de realização de um “encontro de espiritualidade” para famílias de toda a diocese. A par desta também a necessidade indicada de uma “marcada” participação dos jovens na próxima Assembleia Diocesana da Igreja algarvia que possa culminar com a convergência também da juventude para a Jornada da Igreja Diocesana prevista para 2020.

O conselho decidiu realizar a sua próxima assembleia antes do Conselho Diocesano de Pastoral se reunir para programar o próximo ano, o que irá acontecer a 1 de junho do próximo ano.

A realização do Conselho Diocesano de Pastoral Juvenil é uma das propostas previstas, no âmbito daquele setor, no Programa Pastoral da Diocese do Algarve para este ano de 2018/2019.