No próximo dia 19 deste mês, será apresentado no Algarve o livro ‘Nós, os padres – 11 padres confessam-se” com chancela da Alêtheia Editores.

A publicação reúne as respostas de 11 sacerdotes a um questionário proposto pela editora, que não quis fazer uma entrevista personalizada a cada um dos questionados. O questionário aborda não só aborda temas institucionais, como também questões do foro pessoal. Para além de uma breve descrição do seu percurso vocacional, foi-lhes pedido também que indicassem as suas crises de identidade, as suas alegrias e tristezas, as suas zangas e frustrações, os seus amores e hobbies.

A editora explica que o livro surgiu com a ideia de dar a conhecer histórias da maioria dos padres, aqueles que habitualmente não aparecem nas notícias, sendo preteridos pelos que são notícia pelos piores motivos.

Os sacerdotes interrogados – sendo um deles o padre Miguel Neto, da Diocese do Algarve – têm entre os 28 e os 76 anos e diversas proveniências sociais e eclesiais. Pese embora predominem os padres diocesanos, nomeadamente do patriarcado de Lisboa e das dioceses do Algarve, Coimbra e Lamego, em representação do sul, centro e norte do país, respetivamente, constam também testemunhos de outros sacerdotes seculares, como um presbítero do Caminho Neocatecumenal e um padre da prelatura do Opus Dei. Os restantes, são religiosos: dois jesuítas, um frade dominicano e um missionário claretiano.

No prefácio, o bispo de Lamego, D. António Couto, chama a atenção para o inesperado resultado desta confissão coletiva: “Será, sobretudo, interessante e surpreendente, de modo particular para quem tem a ideia feita de que os padres são cinzentos e monótonos, feitos de renúncias e sacrifícios vários, verificar que palpita nestes onze retratos, não apenas uma vida igual a tantas outras, mas também uma alegria nova, um amor novo, um grande abraço à vida”.

A publicação – cujo lançamento se realizou no dia 27 do mês passado em Lisboa – será agora apresentada no Algarve, em Tavira, na igreja de Santo António, pelas 21h30, pelo padre Gonçalo Portocarrero de Almada.