A Rede de Museus do Algarve completa 10 anos de existência de olhos postos no futuro com as jornadas que na sexta-feira se realizaram em Loulé.
“Museus sem reservas, que é o tema das jornadas, pretende pensar de forma aberta e sem preconceitos aquilo que se vai fazer no futuro em termos da rede e do papel dos museus na região”, observou a diretora regional de cultura do Algarve, Alexandra Gonçalves.
As primeiras jornadas da Rede de Museus do Algarve decorreram no auditório do Convento do Espírito Santo e contaram com intervenções de vários parceiros desta rede e conferencistas convidados.
O presidente do International Council of Museums-Europa (ICOM-Europa), Luís Raposo, falou sobre o tema “Das Reservas Mentais às Reservas Materiais/Reinventar a Missão Comunitária dos Museus”.
A Rede de Museus do Algarve é uma estrutura informal que reúne os profissionais da maioria dos museus e outras estruturas e entidades da área do património cultural e natural da região algarvia.
Nos últimos 10 anos, os museus parceiros têm apresentado projetos conjuntos de exposições, prepararam candidaturas a fundos comunitários, promovido formação conjunta dos seus técnicos, partilhado recursos, por exemplo, na área da conservação e restauro, e têm desenvolvido projetos especializados de interpretação.
Em curso está a construção de um guia dos museus do Algarve que está a ser feito em colaboração com a Região de Turismo do Algarve, explicou José Gameiro, membro do grupo coordenador da Rede de Museus do Algarve.
“Há muitas coisas para servir de exemplo de boas práticas para outras instituições e para outras regiões”, referiu Alexandra Gonçalves destacando que o distrito de Faro foi pioneiro na criação deste tipo de redes.
Quanto aos desafios que os museus enfrentam, a diretora regional de cultura do Algarve aponta a capacidade de responder às evoluções tecnológicas e encontrar capacidade de investimento e recursos especializados e perceber o que falta nos museus da região em termos de infraestruturação e equipamentos.
Para aquela responsável, os resultados desta rede não podem ser medidos apenas pela afluência aos museus, até porque a mesma é muito influenciada pelos movimentos turísticos da região.
“Há um grande esforço para aumentar quer as propostas culturais para além da exposição permanente e criar outros eventos e outras formas de atração para estes espaços”, contou apontando como exemplo exposições ligadas à identidade regional e sobre personalidades marcantes da região.
com Lusa