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© António Lopes/MDN

O novo edifício da Capitania de Lagos, que foi ontem inaugurado, é antissísmico e custou meio milhão de euros, num investimento considerado único no país pela Autoridade Marítima.

“Este tipo de investimento é único no país. Trata-se de uma nova construção no âmbito da Autoridade Marítima nacional (…) já há muitos anos que não construíamos um novo edifício” e justificava-se “para dignificar a função da Polícia Marítima na região do barlavento algarvio” e por ser “um desejo das próprias comunidades ribeirinhas”, afirmou o diretor geral da Autoridade Marítima e comandante geral da Polícia Marítima, Cunha Lopes.

Para além do edifício novo, que está assente em 60 micro estacas de cerca de 13 metros de profundidade e de ser uma construção antissísmica, a capitania de Lagos ganhou também a partir de ontem e, pela primeira vez na sua história, um “capitão de Porto a tempo inteiro”, referiu, por seu turno, o presidente da Câmara de Lagos, Júlio Barroso, na cerimónia que contou com a presidência do ministro Defesa Nacional, José Pedro Aguiar-Branco.

O autarca, que termina este mês o seu mandato de 12 anos à frente da Câmara de Lagos, recordou que a obra ontem inaugurada veio ajudar ao reforço da segurança do município, mas também de toda a região que é um destino turístico por excelência”.

O novo capitão do Porto de Lagos e comandante local da Polícia Marítima de Lagos, Carvalho Pinto, que tomou ontem posse do cargo, declarou que este é um dos “momentos mais altos da sua carreira”, e prometeu empenhar “todo o seu saber” nas suas funções, designadamente para fazer a “ponte entre o mar e a terra”.

“É por certo um desafio dos mais gratos para qualquer oficial de marinha”, mas também um cargo de “elevada responsabilidade e de pressão constante”, disse, prometendo “contribuir para o prestígio da Autoridade Marítima”.

A Capitania de Lagos foi instituída pela rainha D. Maria II em 1839 e desde essa altura a sua área de jurisdição foi sendo alterada e hoje percorre o espaço desde as arribas da costa vicentina até à margem oeste da Ria de Alvor.

À margem da cerimónia de inauguração, o comandante geral da Polícia Marítima, Cunha Lopes, adiantou que se está a fazer um investimento global entre “um milhão e um milhão e meio de euros por ano” na recuperação e restauro de manutenção dos edifícios da Polícia Marítima em todo o território nacional.