O padre Francisco Ferreira de Campos, da comunidade algarvia da Companhia de Jesus (jesuíta), foi o mês passado para a Bolívia realizar a última etapa da sua formação que perdurará até julho.

A formação jesuíta de padres e irmãos inclui depois da ordenação as etapas de ‘Magistério’ e de ‘Terceira Provação’, que dura entre seis e oito meses. O instituto religioso explica que é “quase um segundo noviciado”, um “regresso à «escola dos afetos»” depois de tantos anos de formação intelectual”. “O jesuíta volta a fazer os Exercícios de mês e algumas das experiências do Noviciado, estuda de novo a vida de Inácio [de Loiola] e as Constituições da Companhia, e sobretudo tem um tempo longo para olhar e rezar o caminho feito, riquezas e fragilidades, aprofundando assim os grandes pilares e desafios da sua vida dedicada a Deus e aos outros”.

Trata-se, portanto, de um tempo de vivência mais intensa da espiritualidade da ordem e do seu estilo de vida. Esta espécie de noviciado na maturidade da vida religiosa é acompanhada por um instrutor. “Uma vez concluída a ‘Terceira Provação’, o jesuíta regressa ao trabalho ativo, aguardando que lhe sejam concedidos os «Últimos Votos». Estes representam a incorporação definitiva e solene na Companhia de Jesus, e incluem o quarto voto de «disponibilidade especial» ao Papa”, explica a Companhia.

O padre Francisco Campos, que é pároco “in solidum” na paróquia de Nossa Senhora do Amparo, em Portimão, está em Cochabamba, uma cidade no centro da Bolívia com quase um milhão de habitantes.

Numa mensagem enviada à paróquia, o sacerdote informou que está “muito contente” e a inteirar-se da cultura local e a conhecer os companheiros jesuítas que estão consigo. Para além do superior e instrutor, que é argentino, e do ministro, que é boliviano, estão com o padre Francisco um outro sacerdote português, dois brasileiros, um polaco, um eslovaco, um colombiano e um paraguaio.

O padre Francisco Ferreira de Campos, de 49 anos, foi ordenado em 2015 e veio para o Algarve no verão do ano seguinte. Faz parte da comunidade jesuíta algarvia de Nossa Senhora da Estrada, juntamente com os padres Nuno Tovar de Lemos, Rui Fernandes e Domingos Monteiro da Costa.