Os roubos a residências no Algarve apresentaram uma “tendência de crescimento” nos últimos três anos, tendo-se registado 43 casos participados às autoridades em 2010 e 73 no primeiro semestre deste ano, segundo o Sistema de Segurança Interna (SSI).
Fonte do gabinete do secretário-geral deste organismo referiu à Lusa que em 2011 houve 52 casos participados de roubos a residências (mais nove do que no ano anterior) e que em 2012 o número subiu para 66.
O SSI, que reúne informação das várias entidades – designadamente PSP, GNR, Polícia Judiciária ou Serviço de Informações de Segurança -, não explicou se estes crimes estavam associados a grande violência, referindo apenas que o roubo (distinto do furto, que envolve a apropriação de bens sem ameaça à integridade física) implica sempre violência psicológica e/ou física.
“Quanto à violência envolvida, esta pode manifestar-se de diversas formas, uma vez que só o facto de ser um roubo pressupõe a existência de interação entre a vítima e o assaltante, o que acarreta, desde logo, violência, podendo esta ir da psicológica à física, dependendo do caso em concreto”, indicou a fonte.
Os roubos a residências na região do Algarve tiveram um “peso relativo de 6,5% no total nacional” no período de 2010-2012, acrescentou.
Como resposta à ocorrência de vários roubos violentos em residências luxuosas e isoladas, em 2010 a GNR colocou em marcha o programa “Residência Segura”.
A iniciativa consiste em contactar regularmente cada um dos residentes inscritos, georreferenciar e numerar cada residência para ter um mapa de cada área e potenciar uma resposta mais rápida das forças de segurança.
Reunir informação sobre a movimentação de possíveis suspeitos de crimes e disponibilizar aos residentes um contacto telefónico direto para a equipa do “Residência Segura”, 24 horas por dia (a chamada é atendida por militares com conhecimentos da região e de línguas estrangeiras), ou proporcionar conselhos de segurança com panfletos em inglês e português são outras linhas do programa.