A ‘Missão País’ está a promover um questionário online para saber se há interessados no projeto na Universidade do Algarve (UAlg) que permitam estendê-lo àquela academia.

“No caso de abrirmos Missões na UALG, estarias interessado em fazer parte deste projeto, participando nesta semana de Missão?”, é perguntado aos estudantes.

A possibilidade de alargar o projeto católico de voluntariado à UAlg tinha sido avançado pelo Folha do Domingo em fevereiro deste ano. Na altura, o capelão da UAlg, Carlos César Chantre, tinha confirmado esse desejo.

Também um dos chefes gerais da ‘Missão País’ em Monchique adiantou que a inclusão de estudantes da UAlg nas missões deste ano teve como objetivo que aquela academia pudesse acolher o projeto missionário, alargando assim o seu raio de ação até ao extremo sul do território nacional.

O cónego César Chantre confirmou que os responsáveis da ‘Missão País’ “foram sensíveis” ao pedido da Capelania da UAlg e aceitaram aqueles estudantes precisamente para que neste ano letivo de 2019/2020 eles possam também “criar um núcleo, a partir do qual a ‘Missão País’ irá alargar-se ao Algarve e, dentro da própria universidade, criar células de reflexão cristã”.

A ‘Missão País’ é um projeto católico criado em 2003 a partir do Movimento Apostólico de Schoenstatt (embora hoje seja independente) que organiza e desenvolve missões universitárias a partir de várias faculdades de norte a sul de Portugal, sendo que a mais sul é a Universidade de Évora. São semanas de apostolado e de voluntariado social que decorrem durante três anos consecutivos no período de interrupção de aulas entre o primeiro e o segundo semestres, divididas em três dimensões complementares – externa, interna e pessoal –, em que o primeiro ano consiste no “acolhimento”, o segundo na “transformação” e o terceiro no “envio”.

Ao longo dos seus 16 anos, a ‘Missão País’ já organizou e desenvolveu mais de centena e meia de missões, envolvendo no último ano 3.000 jovens missionários. Este ano receberam mais de 5.000 inscrições, mas só puderam aceitar 3.200, algumas delas de estudantes da UAlg. É que a organização possibilita que os universitários que não tenham a ‘Missão País’ promovida na sua universidade possam juntar-se a outras academias que a promovam.

As missões têm resultado na criação de vários núcleos católicos dentro das universidades, constituídos em grupos de oração, de partilha e também de discussão sobre temas que relacionem os seus estudos com a fé.